D. Manuel Clemente diz que invocar o nome de Deus para justificar a guerra é "inaceitável".
O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, enalteceu esta quinta-feira, no Porto, o papa Francisco por promover o encontro entre crentes de várias religiões e apelou à união entre os povos contra conflitos. "Unamo-nos a fazer paz onde há guerra", afirmou, no Congresso Nacional de Medicina.
"A destruição é o contrário da vontade de Deus e é completamente inaceitável transformar o nome de Deus em pretexto para as nossas guerras e tudo aquilo que faz mal aos outros", disse o cardeal, num discurso sobre a conflitualidade dos tempos modernos e o poder decisório individual’. Sem referência direta aos recentes ataques terroristas em Paris, recordou que os crentes de religiões diferentes têm visões distintas e sabem comportar-se em sociedade, em vez de matar em nome de um ser superior: "A destruição do outro é o que há de mais contrário à vontade de Deus".
Já sobre a indigitação de António Costa para primeiro-ministro, o cardeal foi evasivo. "Como cidadão, o que quero do governo e dos outros órgãos de soberania é que consigam aumentar todos os meios para a realização plena de cada um", referiu.
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