No caso dos enfermeiros, a adesão à greve ronda os 80% e, no bloco operatório, a adesão é de 100%. A adesão dos médicos ronda os 60%.
O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, considerou esta quinta-feira que o impacto da greve da saúde no Algarve demonstra os problemas estruturais no Serviço Nacional de Saúde (SNS), negando que a paralisação tenha motivações políticas.
"Hoje [o setor da saúde] está em greve com um enorme impacto e isto revela, de facto, aquilo que são os problemas estruturais que acontecem hoje e que estão hoje a acontecer no Serviço Nacional de Saúde", disse aos jornalistas, durante uma manifestação promovida pela União de Sindicatos do Algarve (USAL).
Mais de uma centena de pessoas marcou esta quinta-feira presença na concentração, no centro da cidade, um dia de luta regional que assinalou os 50 anos da USAL e congregou diversos sindicatos, não só da área da saúde, como da hotelaria, comércio e serviços, entre outros.
De acordo com Tiago Oliveira, o país assiste neste momento a um desmembramento total do Serviço Nacional de Saúde, visível através da falta de investimento em meios, mas também da valorização dos seus profissionais.
"Faltam médicos, faltam enfermeiros, faltam auxiliares, faltam cuidadores, faltam todos aqueles que diariamente são precisos nos locais de trabalho e, por isso, hoje esta greve tem os efeitos que tem", referiu.
Quanto às declarações do presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve, Tiago Botelho, que invocou razões políticas para a convocação da greve por três estruturas sindicais, Tiago Oliveira classificou-as como "indecentes".
Segundo o dirigente sindical, é preciso perceber que "sempre que os profissionais lutam [...], sempre que um trabalhador luta, seja ele qual for, luta na procura da valorização, no caso dos profissionais dos próprios serviços públicos, como lutam para uma resposta concreta" aos problemas.
"Não vale a pena tapar o sol com a peneira, não vale a pena tentar justificar uma coisa que está a acontecer, quando é evidente para toda a população, para todo o português, que existem deficiências enormes no Serviço Nacional de Saúde e essas deficiências não estão a ser superadas rumo a um futuro diferente", acrescentou.
A greve nos serviços de saúde do Algarve está esta quinta-feira a afetar os serviços de urgência, consultas externas e o funcionamento do bloco operatório do hospital de Faro, segundo fontes dos sindicatos que convocaram a paralisação.
No caso dos enfermeiros, a adesão à greve ronda os 80% e, no bloco operatório, a adesão é de 100%, com o cancelamento de todas as cirurgias programadas e só estando a ser realizadas cirurgias oncológicas, de acordo com os sindicatos.
A adesão dos médicos ronda os 60%, com várias Unidades de Saúde Familiar (USF) encerradas em Faro e em Loulé, sendo que, em Faro, pelo menos duas destas unidades aderiram a 100% à paralisação.
A greve, marcada para entre as 00h00 e as 24h00 desta quinta-feira, abrange todos os profissionais da saúde que trabalham no Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região (correspondente ao distrito de Faro), que exigem, entre outras reivindicações, a contratação de mais pessoal para travar o desgaste a que dizem estar a ser sujeitos.
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