page view

Colchões à venda em escola de Benfica

A Ortobedding, empresa que comercializa colchões, realizou nos últimos dias rastreios ao coração com o objectivo, só revelado no final da acção, de venda de artigos que atingem os 1500 euros. A acção comercial, em instalações da Escola Secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa, causou surpresa entre os que acederam ao rastreio. Para Jorge Morgado, secretário-geral da DECO, esta acção poderá configurar uma prática ilegal.<br/><br/>

02 de julho de 2009 às 00:30

A participação no rastreio parte de uma chamada telefónica para casa dos potenciais compradores. "Ao telefone realizam um pequeno inquérito sobre a nossa saúde e no final convidam-nos para realizar um rastreio cardiovascular, sendo indicado para estar presente marido e mulher", disse João Coelho Santos, reformado, antigo secretário-geral do Automóvel Clube de Portugal. Como compareceu na escola sem a mulher, disseram-lhe para regressar num outro dia.

Um outro casal referiu que ao telefone nada foi dito sobre a venda de artigos. "Já tenho experiência deste tipo de acções e mal cheguei perguntei se havia interesse em vender. Foi-me dito que sim, camas, colchões e poltronas. Expliquei que não tinha interesse em comprar nada, mas pediram para que realizássemos o rastreio porque era o objectivo principal da acção", contou Elisabete Ribeiro. A empresa explicou ao CM que "o principal objectivo é o rastreio. A compra é uma opção subsequente".

Jorge Morgado, da DECO, considera este tipo de vendas "uma prática completamente enganadora e ilegal, que alicia pessoas e através da exploração afectiva e de técnicas de venda agressiva as pressionam a comprar determinado produto". O responsável explica que a empresa exige a presença do casal pois assim tem logo as duas assinaturas e "fica o contrato fechado". O Ministério da Educação remete explicações para a escola e lembra que tem autonomia para alugar os espaços. A escola promete esclarecimentos para hoje. 

APONTAMENTOS

CONFUSÃO DE ESTUDOS

Esta acção é confundida com o estudo sobre a incidência da fibrilhação auricular, do Instituto Português do Ritmo Cardíaco.

QUEIXA NA ASAE

A DECO recomenda que as pessoas que se sintam lesadas devem queixar-se à ASAE.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8