Preços medianos da venda de habitações novas no Porto ascenderam, no ano de 2024, a 3.250 euros por metro quadrado.
O Porto é o concelho do Norte onde é mais caro comprar casa e a aquisição exige maior esforço financeiro a quem trabalha no município mas, nos cinco concelhos geograficamente mais próximos, é na Maia que o esforço financeiro é menor.
O retrato dos municípios elaborado pela Pordata, o portal de estatísticas da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), nas vésperas das eleições autárquicas de 12 de outubro, indica que os preços medianos da venda de habitações novas no Porto ascenderam, no ano de 2024, a 3.250 euros por metro quadrado. Nas transações de casas usadas, esse montante desceu para 2.757 euros por metro quadrado.
Considerando estes valores, um imóvel recém-construído na cidade, com uma área de 100 metros quadrados, terá sido vendido, em média, por 325.000 euros, e um usado por 275.700 euros.
O retrato dos municípios da Pordata mostra que os trabalhadores por conta de outrem no Porto apresentavam, no ano de 2023, um ganho médio mensal de 1.761,4 euros, um valor que depois de multiplicado por 14 retribuições mensais atinge os 24.659,6 euros anuais.
Por ganho médio mensal, entende-se o salário bruto médio com horas extra ou subsídios.
Assim, quem trabalhasse no Porto e ali quisesse adquirir uma casa nova, precisaria de poupar o equivalente a 13,2 salários anuais, um valor que se reduziria para 11,2 anos de retribuições se o imóvel fosse usado.
Entre os cinco municípios geograficamente mais próximos do Porto, a Maia é o que apresenta maior disparidade entre os ganhos dos trabalhadores e os preços medianos das casas, novas e usadas.
Apesar de ser o terceiro, depois do Porto e de Matosinhos, a apresentar o ganho médio mensal mais alto, o valor mediano da venda de habitações é o quinto maior: 2.333 de euros por metro quadrado nas casas novas e 1.899 euros por metro quadrado nas usadas.
No conjunto dos municípios considerados, os mais bem pagos são os trabalhadores do concelho do Porto (1.761,4 euros mensais), seguidos pelos de Matosinhos (1.600,7 euros) e da Maia (1.524,7 euros).
O ganho médio mensal em Vila Nova de Gaia é o quarto maior (1.392,3 euros), à frente do da Trofa (1.342,4 euros) e do de Espinho (1.244,2 euros).
Já o valor da mediana mais alta na venda de habitações encontra-se no concelho do Porto, à frente do de Matosinhos (3.064 euros por metro quadrado para os imóveis por estrear e 2.387 euros por metro quadrado para os usados).
Seguem-se Vila Nova de Gaia (2.564 euros e 1.912 euros, respetivamente), Espinho (2.505 euros e 2.315 euros), Maia (2.333 euros e 1.899 euros) e, por último, a Trofa (1.566 euros e 1.446 euros).
Assim, se uma casa nova com 100 metros quadrados na Maia custar 233.300 euros, e uma usada 189.900 euros, adquirir um imóvel no concelho exigiria, a quem ali trabalhasse, uma quantia equivalente a 10,9 anos e a 8,9 anos de salários anuais, respetivamente.
Em ambos os casos, comprar casa na Maia exigiria menos dois anos de salários do que no Porto.
Vila Nova de Gaia e Porto são, entre os municípios considerados, os que têm mais residentes. Gaia tem 312.984 habitantes, e é o terceiro mais populoso a nível nacional, apenas superado por Lisboa (575.739 pessoas) e Sintra (400.947). O Porto surge em quarto lugar, com 252.687 residentes.
Os concelhos do Porto e de Vila Nova de Gaia são também os que empregam mais pessoas nos municípios analisados. O Porto tem 119.258 trabalhadores, e Gaia tem 56.955. Espinho é o que emprega menos, com 4.663 pessoas.
A crise da habitação tem sido o tema central dos candidatos às eleições autárquicas nos municípios do Grande Porto, assim como noutras regiões do litoral do país, a par da mobilidade e da higiene urbana.
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