A guerra que as autoridades cabo-verdianas estão a travar para erradicar a dengue pode estar perdida. Segundo o médico e parasitólogo colombiano Edwin Pile, citado ontem pelo jornal local ‘A Semana’, "Cabo Verde corre o risco de ter a dengue como doença endémica", um perigo para a saúde pública. O médico diz que "as acções de combate ao mosquito vector devem continuar por muito mais tempo".
A epidemia, que assola Cabo Verde há dois meses, já matou seis pessoas e infectou cerca de 15 mil pessoas, entre elas o primeiro-ministro José Maria Neves, que deverá regressar ao trabalho amanhã.
A viver há cinco anos nas ilhas, Edwin Pile refere que "todas as pessoas podem ficar doentes por não haver contactos anteriores com a doença em Cabo Verde – não têm anticorpos para a doença".
O especialista adiantou que não há um período certo para a duração da epidemia, estimando, normalmente, que "cada surto dure uma média de oito semanas."
Edwin Pile explica que "o vírus veio do Brasil", país onde a doença matou até Julho 166 pessoas. Trata-se de um tipo de mosquito que sempre esteve associado a epidemias por causa da sua constante e rápida taxa de evolução. "É o que está a acontecer em Cabo Verde, onde a epidemia vai passar para endemia, ou seja, nas próximas temporadas vão surgir casos porque não se vai conseguir, de maneira nenhuma, erradicar a doença", refere o especialista.
Para evitar a propagação deve--se ter em conta as medidas de prevenção e aqui, acrescenta, "é preciso o envolvimento de todos, das autoridades de saúde pública, das câmaras municipais e, sobretudo, dos cidadãos".
Entretanto, a UCCLA, estrutura composta pela capitais lusófonas, ofereceu ontem à câmara da Praia 800 quilos de máscaras, luvas, pás, repelentes, vassouras e baldes para combater a dengue, doença em que 90% dos casos ocorreram na capital.
APONTAMENTOS
RISCO EM MATO GROSSO
No estado de Mato Grosso, Brasil, a doença não dá tréguas. Com 37 736 casos, este ano há um aumento de 350% face a 2008.
EMERGÊNCIA NA BAHIA
No estado da Bahia já morreram este ano 66 pessoas com dengue dos 101 mil casos.
DIÁRIO DE CABO VERDE
POR MARTA G. ANDRADE, CHEFE DE MISSÃO DA AMI
FRUSTRAÇÕES
As expectativas de todas as pessoas que partem em missão são sempre elevadas. A frase comum de "fazer o nosso melhor", aliada à ideia altruísta de voluntariado, faz com que quando algo nos impede de chegarmos aos nossos objectivos, nos sintamos cansados e frustrados.
O espírito de equipa entra aqui como factor determinante para compensar todas as pequenas situações que nos poderão deitar abaixo: ou porque não conseguimos atender todos os pacientes como queríamos, ou porque o projecto não está ainda como prevemos, ou mesmo porque o avião atrasou seis horas e fez-nos perder metade de um dia!!
O importante é conseguir separar o que é ter a camisola da AMI posta e estar a representar uma organização humanitária e o que depois somos dentro da casa da missão; os sorrisos e compreensão que são necessários para gerir a vida em grupo.
O projecto de São Nicolau é, agora, a nossa prioridade. Vamos montar a segunda missão de emergência no prazo máximo de dois dias, para estar tudo operacional no Centro de Saúde e fazer com que o número de casos suspeitos de dengue não aumente, como tem sido a tendência.
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