A edição de hoje
Intervenção da Polícia Municipal ocorre após denúncia de moradores na Junta de Freguesia de Arroios.
Desmantelado restaurante com 30 camas para imigrantes
A intervenção da Junta de Freguesia de Arroios, em Lisboa, e da Polícia Municipal levou esta quarta-feira ao desmantelamento de um alojamento ilegal, destinado a imigrantes indostânicos. A residencial clandestina funcionava num espaço comercial que tinha por fachada um restaurante encerrado.
Na ação foram detetadas 30 camas, várias bicicletas e botijas de gás num espaço sem condições e que não estava licenciado para ser uma área residencial. "A intervenção da Junta de Freguesia ocorreu após a denúncia de vários moradores que indicaram a existência de movimentações estranhas de pessoas, o que colocava em causa a saúde pública e a segurança", segundo explicou ao CM, a presidente da junta, Madalena Natividade.
"A existência de 30 camas indicou a possibilidade de estarem a morar no local 30 pessoas", acrescentou Madalena Natividade, que salientou que a intervenção realizada no local contou com a participação de quatro funcionários da junta e de três agentes da Polícia Municipal que procederam à identificação das pessoas presente no espaço. "Defendemos a segurança de todos na freguesia e procuramos combater dentro das nossas competências a existência de situações ilegais", referiu a autarca que confirma já ter recebido ameaças verbais e ter tido uma viatura danificada.
Madalena Natividade defende para a freguesia "uma imigração com rigor e humanidade no acolhimento", recordando que contesta "a existência de máfias organizadas, falsos atestados de residência, habitações superlotadas e comércio de fachada".
Entre a população local é comentado que cada imigrante pagava entre dez a 20 euros por noite neste espaço clandestino.
SAIBA MAIS
Lisboa 3122 pessoas sem-abrigo
O número de pessoas em situação de sem-abrigo em Lisboa desceu 7,6% em 2024, face a 2023, sendo no final do ano passado de 3122, segundo dados oficiais. Registou-se também uma descida de 20% da população que não tinha tecto.
Burocracia dormem na rua
Dezenas de imigrantes, na maioria angolanos, dormem na rua em cima de cartões para assegurar o atendimento para a validação dos documentos, na Direção-Geral dos Assuntos Consulares, em Lisboa.
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