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Ondas de calor potenciam doenças crónicas e infeção pela Covid-19

Não retirar a máscara perante desconforto provocado por temperaturas extremas é uma das recomendações.

30 de maio de 2021 às 01:30

As "temperaturas elevadas podem agravar o impacto da Covid-19 por descompensação de doenças crónicas" como insuficiência renal e cardíaca", alerta a Direção-Geral da Saúde. Pelo desconforto, o calor pode também levar ao abandono da máscara, o que representa um aumento do perigo de contágio.

Entre os maiores riscos para um agravamento da pandemia, a autoridade de saúde aponta "uma maior mobilidade e contactos entre pessoas que podem potenciar a transmissão do vírus". A presença na praia levanta também sérios cuidados. Refere o plano de contingência para o verão que "a taxa de ocupação em zonas balneares e o aumento da procura de cuidados de saúde relacionados com o calor, associado ao aumento do número de casos de Covid-19, podem sobrecarregar a resposta do Serviço Nacional de Saúde em determinadas regiões". O documento dá como exemplo o Algarve, onde a população aumenta devido ao turismo.

Uma correta proteção face às temperaturas extremas deve considerar todas as medidas de prevenção e controlo do vírus para redução da transmissão da Covid-19. Entre os comportamentos de potencial risco, a DGS refere as deslocações a espaços fechados como centros comerciais. Explica a autoridade de saúde que "as temperaturas extremas (onda de calor) poderão propiciar o aumentar do tempo de permanência em espaços fechados climatizados (mais frescos) e potencialmente com reduzida renovação de ar". Adianta ainda que "o aumento da temperatura do ar pode reduzir a adesão do uso de máscara facial, devido ao maior desconforto, constituindo um maior risco de exposição e contágio nesses espaços".

Em áreas com alta incidência de casos de Covid-19, a ocorrência de uma onda de calor pode ter um impacto bastante negativo na saúde das populações mais vulneráveis. O calor intenso agrava as dificuldades respiratórias tal como a presença do novo coronavírus, com a consequente procura acrescida dos cuidados de saúde. Recomenda a Direção-Geral da Saúde que nestas situações "deve ser assegurada a articulação com o setor social, no caso de não estarem reunidas as condições no domicílio que permitam o cumprimento do isolamento e confinamento".

O medo da pandemia por Covid-19 é uma outra questão que a Direção Geral da Saúde sublinha uma vez que pode atrasar, por parte de muitos utentes, a procura de cuidados de saúde, nomeadamente por dificuldades respiratórias.

PORMENORES

Temperaturas extremas

A ocorrência de temperaturas superiores a 35 graus por vários dias implica permanecer em espaços abrigados no período de maior calor. Aconselha-se o consumo regular de líquidos e frutas e roupas leves.

Risco de exposição solar

No período de maior calor, das 11h00 até às 17h00, deve ser evitada a presença na praia. A exposição direta ao sol obriga à aplicação de protetor solar, óculos escuros e chapéu, bem como o uso de t-shirt, perante o risco de cancro de pele.

Janelas abertas à noite

Para manter as casas mais frescas com o calor é conveniente, durante o dia, correr as persianas e fechar as portas. Utilize, se possível, equipamentos de climatização. À noite, abra as janelas e portas para permitir a circulação do ar.

Polícia Marítima reforçada nas praias perante enchentes

A Polícia Marítima reforça as ações de fiscalização nas praias, com o objetivo de evitar enchentes. As previsões meteorológicas colocam a maior parte do território do Continente com mais de 30 graus, com 33 em Beja, Évora, Santarém e Castelo Branco.

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