DGS emitiu esta segunda-feira as recomendações e parecer técnico para a realização da festa do Partido Comunista português.
A organização da Festa do Avante! "tem a responsabilidade" de aplicar várias medidas para reduzir o risco de infeção e para a saúde pública por propagação da doença covid-19 durante o evento, afirma o parecer da DGS hoje divulgado.
No seu parecer técnico sobre a realização da Festa do Avante! deste ano, a Direção-Geral da Saúde (DGS) refere que a tipologia do evento "acarreta diferentes riscos" e a organização "tem a responsabilidade de aplicar medidas de redução de risco e de cumprir, promover e garantir o cumprimento da legislação vigente aplicável, bem como das normas, orientações e recomendações da DGS, durante todo o período de duração do evento, atendendo ao risco existente de infeção por Sars-Cov-2 e ao risco para a saúde pública por propagação da doença covid-19".
Neste sentido, a DGS considera que a realização da Festa do Avante! "deve contemplar o cumprimento" das recomendações constantes no parecer, umas gerais e outras aplicáveis à ocupação, aos acessos e à circulação de pessoas; à utilização dos espaços destinados a espetáculos e exposições, de venda, de restauração e similares e das instalações sanitárias, ao Espaço Criança, às áreas reservadas à organização, ao posto de saúde e aos procedimentos a adotar perante um caso suspeito.
Segundo o parecer, "será efetuada vistoria prévia, nos termos da lei, pela autoridade de saúde territorialmente competente" e "a imprevisibilidade da evolução epidemiológica da covid-19 implica uma avaliação de risco contínua e, de acordo com o nível de risco apurado, a reavaliação das medidas implementadas, bem como o seu cumprimento".
No parecer, a DGS refere que a tipologia da Festa do Avante!, cuja edição deste ano está prevista decorrer entre sexta-feira e domingo, na freguesia da Amora, concelho do Seixal, distrito de Setúbal, na Área Metropolitana de Lisboa (AML), "acarreta diferentes riscos, não só pelo número de participantes, mas também pelas características, comportamento esperado, local do evento, duração, atividades disponíveis, circuitos de circulação de pessoas, situação epidémica, entre outros múltiplos critérios".
A festa inclui "inúmeras" atividades "primordialmente" realizadas ao ar livre e em diversas zonas de um terreno amplo e "a componente social acarreta grande mobilidade dos participantes e comportamentos de proximidade, sendo a partilha tendencialmente inevitável, assim como a participação de membros de várias gerações, o que implica a potencial exposição de pessoas que pertencem a grupos mais vulneráveis ao vírus Sars-Cov-2".
"No contexto atual da epidemia em Portugal e, em particular, na AML, em situação de contingência, verifica-se, pois, um risco real de que, durante o evento, circulem pessoas infetadas, com ou sem sintomas", alerta o parecer.
Por isso, salienta, "para minimizar o risco de infeção por Sars-Cov-2 e de propagação da doença covid-19", a organização da Festa do Avante! "deve reforçar, no respetivo plano de contingência, as medidas emitidas pela DGS" no parecer e que são aplicáveis aos participantes e aos trabalhadores/colaboradores do evento.
O parecer determina várias recomendações gerais, como a organização afixar nas entradas e dentro do recinto as medidas de prevenção e controlo de infeção a cumprir durante o evento, garantir equipamentos de proteção individual adequados a todos os trabalhadores e colaboradores e a existência de equipamentos e/ou instalações adequadas à adoção de boas práticas de higiene, incluindo disponibilização de água, sabão e dispensadores de solução antissética de base alcoólica, e de procedimentos para limpeza e desinfeção regular de superfícies e objetos.
Já em termos de recomendações para ocupação, acessos e circulação de pessoas, o parecer determina que deve ser observada a regra de ocupação máxima de uma pessoa por oito metros quadrados (m2) em espaços abertos e de uma pessoa por 20 m2 em espaços fechados e garantido o cumprimento do distanciamento físico de pelo menos dois metros entre pessoas em todos os espaços do recinto, exceto se forem coabitantes.
O parecer determina lotações máximas para os vários espaços destinados a atividades específicas e uma lotação total de 16.563 pessoas em simultâneo no recinto da festa.
Entre outras recomendações, o parecer também determina a permissão de consumo de bebidas alcoólicas até às 20h00 no espaço de restauração, "regra excecionada durante as refeições", e que o posto de saúde previsto no plano de contingência da festa "deve estar devidamente preparado e equipado para acompanhar e encaminhar eventuais casos suspeitos de covid-19".
Parecer da Direção-Geral da Saúde sobre Festa do Avante!
O Secretário de Estado da Saúde admitiu que "as características difíceis do evento originaram um processo complexo".PCP avança que DGS diz haver "condições de segurança iguais ou superiores" a outros eventos
O Partido Comunista avança que a DGS diz haver "condições de segurança iguais ou superiores àquelas que se dispõem na frequência das praias, nos numerosos espectáculos e festivais", para a realização da Festa do Avante!.
O PCP afirma que o parecer da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a Festa do Avante! é mais exigente com esta iniciativa do que com outras, em particular quanto à lotação dos espaços.
Num comunicado do gabinete de imprensa do PCP, os comunistas consideram que estão a ser alvo de "uma gigantesca operação reacionária" e adiantam que ainda hoje irão divulgar o "plano de contingência" que o próprio partido apresentou para a Festa do Avante!.
Em comunicado, o PCP diz ainda que a Festa do Avante! tem "sido pretexto para uma gigantesca operação reaccionária que mais que a Festa, visa atacar o PCP e sobretudo abrir caminho à limitação do exercício de direitos e liberdades dos trabalhadores e do povo".
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