Medicamento previne a infeção pelo vírus sincicial respiratório em crianças de risco.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) determinou esta quarta-feira a suspensão, a partir da próxima semana, da administração de palivizumab, que previne a infeção pelo vírus sincicial respiratório em crianças de risco, devido à situação atual epidemiológica.
A medida foi definida face à situação epidemiológica atual de circulação do vírus sincicial respiratório, um vírus muito frequente, responsável pela bronquiolite e a pneumonia, constituindo uma das principais causas de internamento hospitalar abaixo dos dois anos de idade.
Ficam, no entanto, salvaguardadas "as indicações clínicas excecionais e fundamentadas", refere a autoridade de saúde num despacho hoje publicado.
A diretora-geral da Saúde tinha determinado num despacho anterior (nº 012/2021) a antecipação do início da administração da primeira dose de palivizumab a partir da segunda quinzena de setembro devido "à situação de excecional precocidade da circulação do vírus sincicial respiratório [VCR], no verão de 2021".
Ficou também previsto o acompanhamento e monitorização da situação epidemiológica, para determinação do período de administração da última dose de palivizumab.
O grupo de trabalho constituído para o efeito analisou a situação e verificou um acentuado decréscimo da circulação do vírus sincicial respiratório no mês de janeiro de 2022, refere a DGS numa nota comunicada na sua página na Internet.
A Direção-Geral da Saúde reforça a necessidade de promover a divulgação e a implementação de medidas higiénicas de prevenção de infeções respiratórias, divulgando um panfleto que explica o que são infeções respiratórias e como se pode proteger as crianças com pequenos gestos.
As infeções respiratórias são causadas principalmente por vírus, transmitidos entre as pessoas, mesmo que não pareçam estar doentes.
"A nossa saliva e as nossas mãos podem transportar vírus e bactérias, que podem provocar doença grave nos bebés. O risco dos bebés terem infeção respiratória grave é tanto maior quanto mais pequenos forem. Os recém-nascidos são, por isso, os mais suscetíveis à infeção", lê-se no panfleto.
As infeções respiratórias nos bebés podem ser muito graves no outono e no inverno e são a principal causa de procura dos cuidados de saúde.
O VSR é a principal causa de infeção do aparelho respiratório nos dois primeiros anos de vida. Os recém-nascidos, os lactentes com idade inferior a seis meses, as crianças com patologia pulmonar subjacente, com cardiopatia ou com imunodeficiência, constituem os grupos de maior risco de contrair uma infeção grave.
Os meses de maior prevalência de infeção pelo VSR são os meses de inverno -- a epidemia pode ter início em outubro e estender-se até abril, podendo haver variações anuais deste padrão epidémico.
Foi demonstrado que o palivizumab diminui a taxa de hospitalização de crianças infetadas pelo vírus (diminuição risco de hospitalização de 5.8 pontos percentuais no estudo Impact-RSV -- de 10,6% no grupo controlo para 4,8% no grupo de estudo) mas, uma vez internadas, parece não diminuir a necessidade de ventilação mecânica nem a mortalidade, segundo informação divulgada pela Sociedade Portuguesa de Pediatria.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.