Associações defendem criação de um novo modelo de acesso ao Ensino Superior.
Diretores e pais criticam a ausência de uma penalização para as 15 escolas do País que inflacionam as notas, conforme os dados revelados pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC). Defendem um novo modelo de acesso ao Ensino Superior, dando conta que o atual ameaça a equidade.
"Na prática, e não havendo nenhuma penalização, o que o Ministério da Educação (MEC) está a fazer é dar publicidade a essas escolas", afirma Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares. Para este responsável é urgente "repensar a forma de acesso ao Ensino Superior, para acabar com este tipo de inflações". "Porque às vezes as avaliações têm em conta um conjunto de critérios que não são iguais em todas as escolas", ressalva.
Também Filinto Lima, da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, defende a intervenção da Direção-Geral da Educação e Ciência, numa primeira fase, de uma forma "pedagógica". Se não resultar, "deverá ir mais longe". "Os dados dizem que há beneficiados. Não podemos ter uma medida reativa, por isso sugiro um amplo debate nacional. O MEC tem de ser proativo. Gostaria que o próximo governo tivesse isso em conta. Estou a pedir equidade no acesso ao Ensino Superior", afirma.
Jorge Assunção, da Confederação Nacional das Associações de Pais, também vota num novo modelo de acesso ao Ensino Superior. "Há que retirar toda esta carga de pressão que existe sobre as escolas por causa da classificação. Esta escravatura à nota não deixa as escolas desenvolver melhor trabalho", considera o responsável. E acrescenta: "O atual modelo é um instrumento de segregação e seleção, o que é injusto."
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