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Distribuidores farmacêuticos pedem medidas urgentes para minimizar aumento dos custos

Situação pode provocar "ameaça real" ao normal funcionamento do circuito de abastecimento de medicamentos.

07 de junho de 2022 às 17:52

Os distribuidores farmacêuticos pediram esta terça-feira ao Governo que tome "medidas urgentes" para minimizar o aumento dos custos dos combustíveis, alertando que se esta situação se mantiver há uma "ameaça real" ao normal funcionamento do circuito de abastecimento de medicamentos.

O apelo, em comunicado, da Associação dos Distribuidores Farmacêuticos (Adifa) para que o Governo apoie o setor da distribuição de medicamentos surge no seguimento do "aumento sucessivo dos preços de energia, gás natural, eletricidade e principalmente dos combustíveis, com uma nova subida muito significativa esta semana".

Entre as medidas propostas, incluem-se o acesso a gasóleo profissional, a majoração na dedução dos gastos com combustíveis, o reembolso parcial do Imposto sobre Produtos Petrolífero (ISP), a dedutibilidade do IVA no gasóleo, bem como a isenção do pagamento do imposto único de circulação das viaturas afetas à atividade da distribuição farmacêutica.

A associação recorda que, desde o início do ano, as empresas de distribuição farmacêutica de serviço completo registaram um aumento de 20% em custos energéticos.

"Acresce que a distribuição de medicamentos consiste num setor extremamente regulado pelo Estado, que fixa administrativamente o preço e a margem destes bens essenciais, limitando a remuneração das empresas de distribuição que se veem forçadas a acomodar os custos crescentes de energia e combustíveis", salienta a Adifa.

Os distribuidores farmacêuticos afirmam que têm realizado "um inequívoco esforço" para continuar a assegurar diariamente o fornecimento atempado e adequado de medicamentos e outras tecnologias de saúde em qualquer região do território nacional.

"Contudo, os impactos económico-financeiros que resultam destes aumentos estão a agravar-se em função da evolução do atual contexto de crise energética", advertem.

Avisam ainda que se esta situação se mantiver, "traduz-se numa ameaça real ao normal funcionamento do circuito de abastecimento de medicamentos em Portugal e, consequentemente, da acessibilidade das populações a produtos de saúde essenciais ao seu bem-estar e recuperação de doença".

Como tal, frisa a associação, estas medidas devem ser aplicadas de forma imediata para que os distribuidores consigam manter o nível de serviço das suas operações de armazenamento e distribuição de medicamentos.

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