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“Situação é a pior que vivemos desde março": Marcelo explica necessidade de restrições mais apertadas devido à Covid-19

"O número de mortes cresce há meses e com ele a perigosa insensibilidade pela vida e a morte", continuou o PR.

28 de janeiro de 2021 às 20:05

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou esta quinta-feira ao País sobre a evolução da pandemia da Covid-19 em Portugal, no dia em que foram batidos novos recordes: 303 mortos e 16432 infetados com Covid-19.

Marcelo começou por dizer que a nova variante inglesa do coronavírus se "propagou vertiginosamente, abarcando mais de 50% dos casos em áreas como a da Grande Lisboa". 

"O número de mortes cresce há meses e com ele a perigosa insensibilidade pela vida e a morte", continuou, dizendo que, devido a essa insensibilidade, cresce "a necessidade do Estado de Emergência e do confinamento". É "preciso agir depressa e drasticamente", alertou.

Marcelo afirmou que "temos de ser mais rigorosos e mais firmes, ficar em casa e sair só para o imprescindivel". Presidente afastou ainda a possibilidade que centenas de políticos passassem à frente "de sopetão" aos idosos na vacinação.

O chefe de Estado referiu que "o número de mortes cresce a ritmo, há meses, inimaginável", observando: "E com ele cresce a perigosa insensibilidade à vida e à morte, mesmo de familiares, amigos, vizinhos, companheiros de tantos lances da vida. Com essa insensibilidade crescem ainda a negação do vírus, da sua gravidade, a negação da necessidade do estado de emergência e até do confinamento".

"Mas nada disso, nenhuma dessas negações resolve a multiplicação dos mortos, as esperas infindáveis por internamentos, o sufoco nos cuidados intensivos, o sofrimento de doentes covid e não covid", criticou.

Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que a situação que Portugal vive "é mesmo a pior" desde o início desta pandemia e que "não vale a pena esconder a realidade, fazer de conta, iludir".

"O que fizermos todos, poderes públicos solidários e portugueses, até março, inclusive, determinará o que vão ser a primavera, o verão e, quem sabe, se o outono. E joga-se tudo nestas próximas semanas, até março, inclusive", defendeu.

No final desta declaração, em que comunicou a renovação do estado de emergência até 14 de fevereiro, interrogou: "Portugueses, será que ainda vamos a tempo?".

"Claro que vamos a tempo. Mas este é tempo de fazermos todos, poderes públicos e portugueses, mais e melhor", apelou.

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