Nem todas as regiões sentirão estas mudanças da mesma forma, sendo que o norte poderá deixar de ser a zona mais populosa a partir de 2080.
Portugal terá menos 2,4 milhões de residentes em 2100 e uma população muito mais envelhecida, mas a redução populacional poderia ser o dobro sem a presença de imigrantes, segundo uma projeção do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O INE divulgou esta terça-feira os resultados do exercício de Projeções de População Residente entre 2024 e 2100 e estima que a população residente passará dos atuais 10,7 para 8,3 milhões de pessoas, de acordo com um cenário central de projeção.
Mas os investigadores também desenharam outros cenários, como um país sem migrações, e nesse caso a redução seria muito mais acentuada, com menos 4,7 milhões de residentes.
Admitindo "a possibilidade, pouco provável, de inexistência de fluxos migratórios e em que as hipóteses de evolução da fecundidade e da mortalidade são as adotadas no cenário central, seria de esperar em 2100 uma população residente de cerca de 6,0 milhões de pessoas", refere o INE.
A diminuição da população residente não será para já, uma vez que os especialistas estimam que os residentes ainda vão aumentar até aos 10,9 milhões em 2029, ficando abaixo dos 10 milhões apenas em 2057 (9.976.259) e dos nove milhões em 2079 (8.983.719).
Segundo as projeções, nem todas as regiões sentirão estas mudanças da mesma forma, sendo que o norte poderá deixar de ser a zona mais populosa a partir de 2080, passando o título para a Grande Lisboa.
Nesta tendência de decréscimo de população, as zonas da Grande Lisboa, Algarve e Península de Setúbal serão exceções, segundo os dados do INE, que mostram que também haverá menos crianças, jovens e adultos.
Em 2100, haverá menos de um milhão de crianças e jovens até aos 15 anos (atualmente são 1,4 milhões), segundo o cenário central desenhado pelos investigadores, que admitem, no pior cenário, um país com apenas meio milhão de jovens.
Estas diferenças de valores estão relacionadas "sobretudo com a influência dos saldos migratórios, dos níveis de fecundidade e da conjugação de ambos", refere o estudo, que mostra que, sem migração, haveria apenas 636 mil crianças e jovens em 2100.
Também a população em idade ativa (dos 15 aos 64 anos) vai diminuir gradualmente, passando dos atuais 6,8 milhões para 4,2 milhões em 2100, no cenário central, que apresenta um país onde os jovens serão cada vez mais até 2050, altura em que haverá uma quebra: Em 2100, serão 3,1 milhões.
"O índice de envelhecimento em Portugal aumentará gradualmente até 2060, ano em que tenderá a estabilizar", escreve o INE, explicando que com menos gente em idade ativa e cada vez mais idosos, haverá um agravamento do índice de dependência de idosos.
O índice de dependência de idosos -- que é medido através da relação entre o número de pessoas com, pelo menos, 65 anos e o número de pessoas em idade ativa - passará dos atuais 39 idosos para cada 100 pessoas em idade ativa, para 73 idosos em 2100.
Já o índice de dependência de jovens (quociente entre o número de crianças e jovens até aos 14 anos e o número de pessoas em idade ativa) tenderá a manter-se estável, passando dos atuais 20 para 23 jovens por 100 pessoas em idade ativa.
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