Viagem de comboio entre a fronteira com Portugal e a capital espanhola passará a ter menos 51 minutos.
Espanha introduziu um "comboio rápido" na região da Estremadura, entre Plasencia e Badajoz, na fronteira com Portugal, que vai começar a funcionar em 19 de julho num troço de 150 quilómetros, anunciou esta quinta-feira no Governo espanhol.
No entanto, a ligação ferroviária entre Plasencia e Madrid continuará a ser feita numa linha convencional, não eletrificada e com apenas uma via (que não permite o cruzamento de comboios fora de uma estação, em que um deles tem de estar parado).
Ainda assim, a viagem de comboio entre a fronteira com Portugal, em Badajoz, e a capital espanhola, Madrid, passará a ter menos 51 minutos.
Segundo a viagem de teste feita hoje no novo troço, entre Plasencia e Badajoz, o comboio vai demorar duas horas e 15 minutos, com duas paragens (Mérida e Cáceres), a que haverá que juntar mais quase três horas para quem quiser seguir até Madrid.
A viagem inaugural e de teste do "comboio rápido" neste troço contou com a ministra dos Transportes de Espanha, Raquel Sánchez, e com um protesto da população à saída de Plasencia.
O "comboio rápido" que vai passar a circular em 19 de julho não é um comboio de alta velocidade e até Madrid, como foi prometido há mais de 20 anos pelas autoridades espanholas.
A promessa foi sendo repetida pelos diversos Governos, sem nunca se concretizar, até ter havido diminuição da oferta e, em 2012, uma promessa de um "comboio rápido" que só este ano se vai materializar e apenas num troço.
O comboio de alta velocidade nesta linha chegou a estar negociado com Portugal, com os dois países a anunciarem a ligação entre Madrid e Lisboa, por Badajoz, numa cimeira em 2002 entre os dois governos, então liderados por Durão Barroso e José Maria Aznar.
Para quem hoje se manifestou em Plasencia, este comboio é "apenas fumo e não o comboio digno de que precisa a Estremadura", a região autónoma que faz fronteira com o Alentejo.
Entre as palavras de protesto, citadas pela agência EFE, houve expressões como "gato por lebre".
Em declarações em Badajoz, a ministra Raquel Sánchez reconheceu que a situação dos comboios na Estremadura, com mais de um milhão de habitantes, é "uma injustiça", com troços em que a velocidade máxima possível são 50 quilómetros por hora e muitos incidentes diariamente.
"É preciso pedir desculpa", afirmou, dizendo que todos os governos têm sido responsáveis por a Estremadura ter das piores comunicações ferroviárias de Espanha.
As más ligações ferroviárias na região levaram 40 mil pessoas da Estremadura até Madrid, em novembro de 2017, para se manifestarem no centro da capital, reivindicando "comboios dignos".
Um dos comboios suprimidos nesta região foi o Lusitânia, em 2011, entre Lisboa e Madrid, que atravessava a fronteira portuguesa do Caia e entrava em Espanha por Badajoz.
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