Agentes defendem que "as próximas eleições não devem impedir o governo de agir".
A Federação Europeia dos Sindicatos de Polícia (EU.Pol) entregou esta segunda-feira na residência oficial do primeiro-ministro uma carta para defender que as eleições legislativas não impeçam o Governo de agir sobre as reivindicações dos polícias e pedindo um compromisso escrito.
A carta, assinada pelo presidente do organismo, Peter Smets, foi deixada hoje de manhã no Palácio de S. Bento por uma comitiva que integrava o vice-presidente da Federação, Rui Neves, o presidente do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP), membro fundador da EU.Pol, e o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG-GNR), que também faz parte da EU.Pol.
Na carta, a que a Lusa teve acesso, a federação europeia diz compreender "a insatisfação dos agentes da polícia portuguesa", apoiar as suas reivindicações e defende que "as próximas eleições não devem impedir o governo de agir".
"Uma promessa escrita, assinada por todos os partidos políticos, que tenha em conta esta situação na formação do novo Governo poderia, pelo menos, ser um sinal de apoio àqueles que o protegem a si e a todos os políticos, tal como à sociedade em geral, todos os dias!", propõe a EU.Pol.
Peter Smets lembra António Costa que os agentes portugueses "lutam contra a diferença salarial", um fator que "cria desigualdade e injustiça dentro da força policial".
"Nós, enquanto Federação, acreditamos que é imperativo abordar o aspeto crítico da compensação dos agentes policiais, de forma adequada. Gostaríamos de chamar a sua atenção para a necessidade premente de uma abordagem mais equilibrada que considere tanto a natureza, cada vez mais exigente, do trabalho policial como a importância de um salário competitivo e atualizado", lê-se na carta.
A EU.Pol aponta que os agentes da polícia "enfrentam uma miríade de riscos e desafios nas suas tarefas diárias" e que "o custo físico e emocional cobrado pela profissão exige um reconhecimento abrangente da sua dedicação e sacrifícios diários", razão por que "pagar um salário competitivo e atualizado é um reconhecimento dos perigos inerentes à profissão", mas também "pelo seu compromisso, inabalável, em manter a ordem e salvaguardar a comunidade portuguesa".
"Exorto-o a considerar seriamente e a reconhecer a relação simbiótica entre a justiça moderna e a compensação necessária à eficiência operacional da polícia", pede Peter Smets, defendendo que a promoção de um ambiente de trabalho que valoriza e recompensa adequadamente os polícias irá garantir "uma força policial motivada e resiliente que continua a servir e a proteger a comunidade portuguesa, de forma efetiva".
"Gostaria de informar que apoiamos as reivindicações dos nossos colegas em Portugal e utilizaremos toda a nossa rede de influência na Europa de forma a dar aos agentes da polícia uma voz forte", acrescenta.
Diz também que a federação tem vindo a acompanhar "com grande preocupação" o que se passa com os polícias portugueses, manifestando apreensão com o bem-estar da polícia em Portugal, uma vez que "estão a ser levados ao seu limite, diariamente, sem qualquer apoio".
Sobre isso, a EU.Pol refere ter feito "várias tentativas de contacto com o Ministro da Administração Interna", mas sem que houvesse, "até agora, qualquer reunião ou discussão".
Os elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à PJ e hoje está agendada mais uma ação de protesto, com uma a concentração frente ao Ministério da Administração Interna, em Lisboa.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.