Federação quer limitar a análise a 25 provas por professor.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) defendeu, esta segunda-feira, a revisão dos critérios dos classificadores das provas nacionais, que começam terça-feira, e o aumento destes docentes, limitando a análise a 25 provas por professor.
Em comunicado, a Fenprof volta a insistir na urgência de garantir condições que mitiguem "a sobrecarga a que os docentes estão sujeitos", em particular no processo de classificação de provas.
Para isso, exige igualmente excecionalidade na atribuição de múltiplas tarefas, "evitando acumulações excessivas por fase, disciplina ou componente", e "critérios justos" para atribuição de dias de compensação, em função do volume de trabalho.
Na nota divulgada um dia antes do arranque da primeira fase de exames nacionais de ensino secundário, a Fenprof pede também o "cumprimento rigoroso" dos direitos laborais dos classificadores, o pagamento atempado das ajudas de custo e despesas de transportes, assim como a retoma do pagamento pelo serviço de classificação de exames, que considera "injustamente suspenso". .
A Femprof defende que estas medidas, a aplicar a todos os professores envolvidos na classificação de provas --- sejam exames finais, provas finais de ciclo ou provas ModA ---, são "um primeiro passo" para mitigar o "desgaste crescente" de uma classe que diz ter dado provas de "compromisso e profissionalismo, mesmo perante o aumento desmedido das exigências".
A primeira fase ds exames nacionais, que arranca na terça-feira, terminará no dia 30. Já na quarta-feira, começa a primeira fase de provas finais do ensino básico.
A federação lembra que este período é marcado por "um esforço intenso de toda a comunidade educativa", em que as escolas se encontram envolvidas num processo de aferição de resultados "cuja lógica e impacto têm sido alvo de crítica por parte da Fenprof".
A Fenprof recorda que no seu 15.º Congresso Nacional, que decorreu recentemente, os professores foram claros ao defender que os exames têm vindo a assumir "um peso excessivo" na avaliação dos alunos e a "condicionar negativamente" o funcionamento do sistema educativo, tendo um papel de sobrecarga no condicionamento do trabalho docente.
Por outro lado, reafirma que não basta "rever" o atual modelo e defende que se construa"uma verdadeira alternativa", sublinhando que os exames "têm sido manipulados para alimentar 'rankings' ao serviço de interesses privados".
Na nota divulgada esta segunda-feira, a Fenprof defende ainda que a imposição dos exames como ferramenta central de avaliação "não garante a qualidade educativa, antes promove injustiças, vícios e desigualdades", pondo em causa os princípios de uma escola pública, democrática e de qualidade, ao mesmo tempo que "serve objetivos de mercantilização nas áreas da educação e do ensino".
Mais de 160 mil estudantes do ensino secundário estão inscritos para realizar exames este ano, segundo dados do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que apontam para a realização de um total de 342.674 exames.
Dos 160.680 alunos inscritos, 88.637 declararam que iriam fazer o curso para concorrer ao ensino superior.
Do conjunto total de inscritos, 56% são do sexo feminino e a esmagadora maioria surgem de cursos científico-humanísticos (86%), seguindo-se os cursos profissionais (9%).
A primeira fase dos exames finais nacionais do ensino secundário decorre entre 17 e 30 de junho e a afixação das pautas será a 15 de julho. A segunda fase dos exames decorre entre 18 e 24 de julho, com a publicação das pautas a 05 de agosto.
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