Negociações com o Ministério da Educação decorrem na próxima quarta-feira, 15 de fevereiro.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) assegurou este sábado que, se os professores não chegarem acordo com o Governo na próxima semana, serão marcadas novas greves e manifestações para o início de março.
Discursando no final da manifestação nacional de professores convocada pela estrutura que lidera, Mário Nogueira anunciou que, se as negociações da próxima semana não resultarem em acordo e for necessário seguir para negociação suplementar - previsivelmente a 2 ou 3 de março -, serão convocadas novas greves e manifestações divididas em dois dias, entre norte e sul do país.
"Propomos que no dia 2 todos os distritos do país de Coimbra para norte façam greve a todo o serviço e todo o dia, com uma grande manifestação de professores na cidade do Porto, e que no dia 03 todos os professores do distrito de Leiria para sul façam greve e tenhamos uma nova manifestação nacional enorme aqui na cidade de Lisboa", afirmou, referindo que os pré-avisos de greve tinham sido assinados pelas diversas organizações sindicais momentos antes naquele mesmo palco.
Mário Nogueira indicou que as próximas negociações com o Governo estão marcadas para quarta e sexta-feira, pelo que durante a próxima semana, "em todo o país, em todas as escolas", será feita uma "semana de luto e de luta pela profissão", com a colocação de "faixas negras" nos estabelecimentos escolares.
O dirigente sindical convocou também os professores a fazerem "momentos de paragem e permanência à porta" da escola nos dias em que houver reuniões com o Governo.
O secretário-geral da Fenprof anunciou ainda uma iniciativa que apelidou de "4D" e que consiste em "quatro dias de debate democrático, pela dignificação da docência" nos dias 23, 24, 27 e 28 deste mês.
De acordo com Mário Nogueira, serão colocadas a votação pelos professores "as propostas do ministrou ou ausência delas" para que os docentes se pronunciem se merecem ou não acordo e também sobre novas formas de protesto "estão dispostos a levar em diante, se necessário até ao final do ano".
"Nestas negociações o Governo tem de dar muitos passos em frente", defendeu o dirigente sindical, considerando que o executivo "não pode continuar a faltar ao respeito aos professores".
Mário Nogueira salientou ainda que "não vão ser os pareceres da Procuradoria-Geral da República que vão parar a luta dos professores, seja o que for que for homologado", considerando que "a luta é direito democrático neste Portugal de abril".
Os professores voltaram este sábado a participar em mais uma manifestação nacional, em Lisboa, convocada pela Fenprof, mas também com a participação da Federação Nacional de Educação (FNE), do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), e outras sete organizações sindicais, bem como da Associação de Oficiais das Forças Armadas e de representantes da PSP.
No início do ano letivo, a tutela decidiu iniciar um processo negocial para rever o modelo de contratação e colocação de professores, mas algumas propostas deixaram os professores revoltados, como foi o caso da possibilidade de os diretores poderem escolher parte da sua equipa.
As negociações entre sindicatos e ministério têm decorrido em ambiente de forte contestação, com os professores a realizarem greves e manifestações.
Fora da agenda negocial, estão reivindicações que os professores dizem que não vão abandonar, tais como a recuperação do tempo de serviço ou as progressões na carreira que os docentes.
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