Ensino primário retomou as aulas esta segunda-feira.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) defendeu, esta segunda-feira, que os testes à Covid-19 nas escolas ainda encerradas devem ser realizados antes do regresso ao ensino presencial e não como aconteceu nas creches e 1.º ciclo.
O secretário-geral da Fenprof pediu "que se altere o calendário de testagem" a professores e funcionários dos 2.º e 3.º ciclos, assim como do ensino secundário, para que se saiba se há funcionários infetados antes de as escolas reabrirem.
Mário Nogueira falou de manhã à porta de uma escola do 1.º ciclo, em Lisboa, que retomou o ensino presencial, esta segunda-feira, depois de mais de um mês de portas encerradas.
As creches e escolas do pré-escolar e 1.º ciclo voltaram a receber os mais novos, mas a campanha de testagem à Covid-19 a educadores, professores e funcionários de estabelecimentos públicos e privados começa na terça-feira.
"O ensino está a regressar ao seu habitat natural, que é a escola, mas deveriam ter aproveitado este período para terem sido tomadas medidas que não foram. Os testes, que vão começar a ser realizados amanhã, deveriam ter sido realizados até hoje. A apresentação deveria já ter considerado as situações de infeção, para que não entrassem na escola", defendeu Mário Nogueira, em declarações aos jornalistas.
O secretário-geral da Fenprof disse esperar que a situação não se repita na reabertura dos restantes níveis de ensino. Os alunos dos 2.º e 3.º ciclos regressam ao ensino presencial depois das férias da Páscoa, em 5 de abril, e os estudantes do secundário, em 19 de abril.
"Que se altere ainda o calendário de testagem, quer para dia 5 quer para dia 19 de abril, para que se antecipe e não sejam a partir do dia da apresentação. Isso ainda é possível porque ainda estamos em março", defendeu.
O dirigente sindical acusou ainda o Ministério da Educação de não ter "reforçado as medidas de segurança sanitária", através da contratação de mais assistentes operacionais que garantissem "uma limpeza e desinfeção mais aprofundada", e da redução de alunos por turma que permitiria maior distanciamento nas salas de aula.
Quanto à vacinação de professores e pessoal não docente, que o ministro da Educação anunciou, esta segunda-feira, que seria iniciada no fim de semana de 20 e 21 de março, Mário Nogueira disse preferir "esperar para ver".
"Vamos ver. O Ministério da Educação agora diz que começa no fim de semana mas veremos se não vai ser como os computadores", criticou, referindo-se ao facto de os docentes estarem a utilizar equipamento próprio para dar aulas através das plataformas digitais.
"O ministério nem sequer respondeu à questão que colocámos do cumprimento da lei do Código do Trabalho, no que toca ao fornecimento de equipamentos, à manutenção e a todas as despesas inerentes ao trabalho a distância, que ainda está por resolver", acusou.
Ainda sobre a vacinação da comunidade escolar, Mário Nogueira disse esperar que arranque o "mais rapidamente possível" até porque "é uma forma, como dizem a UNESCO e a UNICEF, que as escolas abram e não voltem a fechar".
"Preocupa-nos porque basta olhar para o que se está a passar nos países à nossa volta para percebermos que os casos de infeção já estão a disparar. Há já quem fale numa quarta vaga e isso seria uma tragédia do ponto de vista da aprendizagem dos alunos que as escolas tivessem que voltar a fechar".
Mário Nogueira lembrou ainda todo o processo desencadeado pela Fenprof para conhecer os casos de Covid-19 nas escolas no primeiro período letivo, considerando que "não se soube exatamente o que realmente aconteceu em cada escola".
Só depois de uma decisão judicial, os professores tiveram acesso ao número de casos de infeção entre os elementos da comunidade escolar: "Foi preciso ir a tribunal para saber que eram quase três mil escolas onde esteve a Covid-19", recordou, considerando que "houve falta de transparência".
No dia em que arranca o desconfinamento, que será feito de forma faseada, Mário Nogueira lembrou ainda todos os "professores e educadores que nunca saíram das escolas", que se mantiveram abertas durante o ensino à distância para acolher os filhos de trabalhadores essenciais no combate à pandemia ou os alunos que as escolas consideraram que deveriam manter-se na escola.
Os alunos mais novos regressaram à escola, esta segunda-feira, depois de mais de um mês em casa, numa paragem das aulas presenciais que começou no final de janeiro com duas semanas de pausa letiva e continuou a 8 de fevereiro com o ensino à distância.
Na quinta-feira, o Conselho de Ministros decidiu reabrir as escolas de forma faseada, começando pelos mais novos. Em 5 de abril será a vez dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos e, duas semanas depois, serão os estudantes do secundário a regressar à escola.
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