A edição de hoje
Mais de meio milhão de pessoas vão ter direito a que as famílias venham também para Portugal.
A entrada de imigrantes em Portugal vai aumentar, porque as famílias vão agora juntar-se aos que já cá estão com a situação regularizada, avisou o Governo. "O reagrupamento familiar implica a entrada de mais pessoas e, portanto, precisamos de moderação também na solução", afirmou o ministro da Presidência, Leitão Amaro, defendendo que a vinda das famílias "dá mais estabilidade às pessoas" e permite uma melhor integração.
Há 250 mil imigrantes em vias de regularização através das manifestações de interesse e 210 mil com visto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que terão direito a ao reagrupamento familiar. A estes somam-se os 50 mil processo pendentes de pessoas que já estavam em Portugal e descontavam, mas não tinham apresentado a manifestação de interesse quando esse mecanismo terminou há precisamente um ano. No total, são mais de meio milhão de pessoas. "É um número que poderá estar em condições de poder requerer o reagrupamento familiar. Sem criar alarmismos estamos a falar de situações que devem merecer reflexão", afirmou César Teixeira, do Conselho Diretivo da AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo). "Isto é um problema e temos de olhar para ele de frente", acrescentou, lembrando que em 10 anos o número de estrangeiros em Portugal quadruplicou, passando de 400 mil para 1,6 milhões de pessoas.
Para já, a prioridade está a ser dada a "10 mil reagrupamentos familiares com menores que estejam em território nacional". Têm direito ao reagrupamento familiar o cônjuge, os filhos menores, os filhos maiores solteiros e que estudem em Portugal, os pais (desde que estejam a cargo do residente) e os irmãos menores (desde que estejam sob tutela do residente, por decisão do país de origem e reconhecida por Portugal).
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