Objetivo é atrair mais estudantes e investigadores para o país.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, desafiou este sábado os cientistas portugueses no Reino Unido a servirem de "embaixadores" das instituições de ensino e investigação para atrair mais estudantes e investigadores britânicos para Portugal.
"Vocês que estão aí e conhecem o sistema português podem ser os embaixadores científicos da ciência portuguesa", afirmou a ministra, que falou por videoconferência, durante o Luso2023, o 16.º encontro anual da Associação dos Investigadores e Estudantes Portugueses no Reino Unido (PARSUK), que se realizou hoje em Londres.
A ministra comentava um estudo divulgado pela PARSUK sobre colaborações científicas entre os dois países que identificou cerca de 1.500 projetos conjuntos entre 2014 e 2020.
Dos 353 doutoramentos realizados entre os dois países naqueles quatro anos, 88% foram de estudantes portugueses no Reino Unido e só 12% no sentido inverso, concluiu o estudo.
"É bom que nestas colaborações exista uma remuneração efetiva dos dois lados. Não deve ser só Portugal a financiar as bolsas, é importante que nestes acordos que fazemos também haja um compromisso da outra universidade", defendeu a ministra.
A ministra, que justificou o cancelamento da viagem com o risco de segurança levantado por uma manifestação pró-Palestina no centro da capital britânica, afirmou querer "aumentar o fluxo nos dois sentidos" e receber em Portugal mais investigadores britânicos.
"Queremos aumentar a colaboração científica, mas uma colaboração mais profícua para os dois lados", vincou.
Elvira Fortunato prometeu aproveitar as recomendações do estudo, realizado em parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia e a Embaixada do Reino Unido em Lisboa, para renovar um protocolo de cooperação entre a FCT e a PARSUK nas próximas semanas.
A ministra apontou o emprego científico como "uma das bandeiras" do seu ministério, sublinhando o objetivo de ter mais doutorados com contrato por tempo indeterminado nas instituições de ensino superior, sejam universidades, institutos politécnicos ou laboratórios de investigação.
Ainda este ano deverá ser lançado o programa FCT-Tenure para financiar 1.000 posições de docentes ou investigadores em universidades e institutos politécnicos, devendo ser abertas outras 400 posições em 2025.
Segundo a ministra, a FCT pagará 66% dos salários durante três anos a docentes e durante seis anos se forem contratados investigadores.
"Até 2026 cerca de 3.000 docentes vão reformar-se e é uma excelente oportunidade para lançar o FCT-Tenure", defendeu.
O Governo tem prevista outra iniciativa para reter ou atrair talento português ou internacional com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiando pacotes de 500 mil euros a universidades portuguesas que consigam atrair investigadores titulares de uma bolsa de European Research Council fora de Portugal.
Em troca, as universidades, que serão responsáveis pelos concursos, têm de garantir uma posição de professor associado ou catedrático.
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