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Governo oferece negócio dos líbios à Octapharma

Ex-secretário de Estado interveio em negócio ganho pela ILS.

10 de janeiro de 2016 às 04:05

O negócio dos líbios, feridos de guerra, que foram assistidos em hospitais portugueses, foi tratado diretamente pelo anterior governo e o protocolo foi depois assinado pela ILS de Lalanda de Castro.

As autoridades estão a investigar as circunstâncias em que a empresa do dono da Octapharma foi favorecida e a que título é que houve reuniões entre Leal da Costa, na altura secretário de Estado da Saúde, e Miguel Soares Oliveira, então presidente do INEM.

O CM sabe que o Ministério Público tem na sua posse um email que prova uma reunião urgente, pedida por Soares Oliveira a Leal da Costa. Mas não se sabe o motivo do mesmo protocolo ter sido depois assinado pela ILS que, além de Lalanda de Castro, tem como sócio Nélson Pereira, também ex-diretor no INEM.

As ligações perigosas não terminam por aqui. A investigação, a cargo do Ministério Público, também não ignora a ligação a Miguel Macedo, ex- -ministro da Administração Interna, que acabou por ser acusado de ter favorecido precisamente a ILS - ao conseguir que esta obtivesse um perdão fiscal no negócio dos líbios e ao agilizar a emissão dos vistos em Tripoli (capital da Líbia). Miguel Soares Oliveira é casado com Rita Abreu Lima, jurista do quadro do INEM e, à data dos factos, chefe de gabinete de Miguel Macedo. A investigação aos negócios da Saúde está agora a ser concentrada na Polícia Judiciária, na unidade que combate a corrupção. Estão em causa diversas situações em que as empresas de Lalanda de Castro, dono da Octapharma, terão sido beneficiadas, angariando milhões de forma indevida.n

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