Queda mais acentuada ocorre cerca de dois a três meses após o nascimento do bebé.
A maternidade é uma fase de transformações, tanto físicas como psicológicas, na vida de uma mulher e entre as mudanças mais visíveis está a saúde capilar. Se por um lado a gravidez pode gerar satisfação com o cabelo, o período pós-parto traz consigo algumas preocupações.
A dermatologista Ana Pedrosa explica ao Correio da Manhã que “a maternidade é um estado de graça para a saúde da mulher em todos os aspetos e o cabelo não é exceção”. Estas alterações estão intimamente relacionadas com as variações hormonais características desta fase da vida feminina.
Durante a gravidez, os níveis de estrogénio aumentam significativamente. “A elevação dos níveis de estrogénio contribui para o prolongamento da fase de crescimento do cabelo e, consequentemente, para um aspeto mais saudável e volumoso”, refere a especialista.
Após o parto, ocorre uma redução abrupta dos níveis hormonais, levando o cabelo a retomar o seu ciclo natural. Como muitos fios permanecem mais tempo do que o habitual na fase de crescimento durante a gravidez, acabam por entrar em simultâneo na fase de repouso (fase telógena), o que origina uma queda mais acentuada cerca de dois a três meses após o nascimento do bebé.
Este fenómeno é conhecido como eflúvio telogénico pós-parto e apesar de ser alarmante para algumas mulheres, trata-se de uma situação comum e transitória. “Esta queda simultânea de muitos fios pode causar ansiedade e preocupação, mas geralmente é um processo temporário”, tranquiliza a dermatologista.
Para além das alterações hormonais, outros fatores típicos do pós-parto podem agravar a queda de cabelo, nomeadamente o défice de sono, o stress físico e emocional e uma alimentação inadequada. Estas condições afetam diretamente o folículo piloso, a estrutura responsável pelo crescimento do cabelo.
De acordo com Ana Pedrosa, “cada paciente é único e, a nível capilar, tudo se passa no folículo piloso, a porção capilar que não se vê a olho nu, mas que dá origem à parte visível e atrativa do cabelo”, o que reforça a importância de uma abordagem preventiva e personalizada.
A queda de cabelo pós-parto não provoca falhas visíveis nem perda permanente. Na maioria dos casos, a queda diminui e a densidade capilar começa a recuperar entre os seis e os 12 meses depois do parto. Segundo a American Academy of Dermatology, citada pela CUF, “a maioria das mulheres vê a sua densidade capilar voltar ao normal por volta do primeiro aniversário do seu filho. Muitas até antes disso”.
Embora não seja possível evitar totalmente a queda de cabelo no pós-parto, existem medidas que ajudam a reduzir o impacto e a acelerar a recuperação, como: manter uma alimentação equilibrada, rica em ferrro, proteínas, biotina e zinco; evitar dietas restritivas; reduzir o stress e privilegiar momentos de descanso e autocuidado; utilizar produtos capilares adequados de modo a evitar agressões químicas; evitar penteados que puxem o cabelo; pentear com suavidade e secar o cabelo a frio; considerar suplementação alimentar, sempre com aconselhamento médico.
“Avaliar e cuidar eficazmente da saúde capilar é fundamental para prevenir consequências nefastas de uma queda exagerada e negligenciada”, alerta a médica.
Se a queda de cabelo persistir de forma acentuada após um ano do parto, é aconselhável consultar um dermatologista. Um diagnóstico completo permite identificar outras possíveis causas e definir um plano de tratamento adequado e personalizado.
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