Leitão Amaro classifica como "estranho e inédito" que uma greve ocorra contra algo que não aconteceu.
O SMAQ, sindicato dos maquinistas, está em greve, marcada face à ausência de clarificação do Governo sobre relação entre sinistralidade ferroviária e taxa de álcool destes trabalhadores e para exigir condições de segurança adequadas.
"O SMAQ - Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses decidiu avançar com um pré-aviso de greve geral para o dia 06 de dezembro de 2024, com impactos no dia 05 e dia 07, nas sete empresas onde tem representação: CP - EPE, Fertagus, MTS - Metro do Sul do Tejo, ViaPorto, Captrain, Medway e IP -- Infraestruturas de Portugal", informou aquela estrutura, em comunicado.
Em causa estão as declarações do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros de quinta-feira, na qual afirmou que "não é muito conhecido, mas Portugal tem o segundo pior desempenho ao nível do número por quilómetro de ferrovia de acidentes que ocorrem" e que tem "um desempenho cerca de sete vezes pior do que a primeira metade dos países europeus", explicando que o Governo aprovou uma proposta de lei que reforça "as medidas de contraordenação para os maquinistas deste transporte ferroviário, criando uma proibição de condução sob o efeito de álcool".
Serviço com "fortes perturbações" na CP e metro do Porto paralisado
O serviço do Metro do Porto vai estar "interrompido em toda a rede" esta sexta-feira, devido à greve convocada pelo SMAQ.
A Metro do Porto informa que esta sexta-feira haverá apenas circulação muito reduzida no tronco comum, entre Senhora da Hora e Estádio do Dragão, nas horas de ponta. A empresa lamenta o "inconveniente".
A CP prevê também "fortes perturbações" na sequência da mesma greve.
"Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, a CP permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe", informa a CP.
Greve dos maquinistas "inédita" protesta contra o que não aconteceu
O ministro da Presidência classificou, na quinta-feira, como "inédita" a greve dos maquinistas, agendada para esta sexta-feira, defendendo que em causa está um protesto contra algo que não aconteceu.
"[...] Em momento algum, e isso foi esclarecido várias vezes por mim e pelo ministro das Infraestruturas, o Governo estabelece ou estabeleceu causalidades", afirmou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, em resposta aos jornalistas no final do Conselho de Ministros, em Lisboa.
António Leitão Amaro citou uma comunicação do sindicato para o seu gabinete, em que o SMAQ reconhece que o ministro da Presidência "não tenha feito tal afirmação de forma direta".
O governante classificou assim como "estranho e inédito" que uma greve ocorra contra algo que não aconteceu.
"Se não aconteceu, creio que as pessoas que amanhã vão ficar, eventualmente, sem serviço vão perguntar-se que sentido faz sofrerem com a marcação de uma greve, que tem por sentido algo que não aconteceu", insistiu.
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