Serviço foi criado depois de várias semanas ambulâncias fazerem fila e doentes esperarem horas à porta das urgências dos hospitais.
Cento e cinquenta e sete doentes foram observados pelas equipas do INEM, nos últimos quatro dias, nos pontos de pré-triagem dos hospitais de Santa Maria e Garcia da Orta, dos quais 70% foram considerados graves, divulgou esta quinta-feira o instituto.
O sistema de pré-triagem e apoio clínico prestado pelas equipas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no Hospital de Santa Maria (Lisboa), entre os dias 29 de janeiro e 01 de fevereiro, permitiu observar 85 doentes que se encontravam a aguardar entrada no Serviço de Urgência (SU) daquela unidade, foi hoje divulgado em comunicado.
A maioria dos casos, "cerca de 68,2%, deram entrada imediata no SU ou mantiveram-se a aguardar na área de apoio clínico", informa o INEM, explicando que "eram doentes com gravidade e indicação para internamento", triados com as cores vermelho, laranja e amarelo.
Os restantes foram encaminhados para os Centros de Saúde de Sete Rios, Odivelas e Póvoa de Santo Adrião, ou receberam alta para o domicílio.
Já no Hospital Garcia de Orta (Almada), as equipas do INEM realizaram, entre os dias 31 de janeiro e 03 de fevereiro, 72 observações, das quais "70,8% eram situações graves", triadas com as cores vermelho, laranja e amarelo, que foram também admitidas no SU ou aguardaram na área de apoio clínico.
Quanto aos doentes menos graves foram encaminhados para as Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios (ADR) do Seixal e da Trafaria.
De acordo com o INEM, estas operações "permitiram aliviar, ao longo de quatro dias, a pressão sobre os respetivos SU, o congestionamento de ambulâncias e garantir um encaminhamento dos doentes para os locais mais adequados, em segurança e no menor espaço de tempo possível".
No comunicado o INEM recorda que a implementação das equipas de triagem decorreu do elevado número de casos covid-19 registados nas últimas semanas e da intensificação da afluência de doentes aos serviços de urgência, onde chegaram doentes através de ambulâncias "acionadas não só pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, como também a partir de outras unidades de saúde ou pelos próprios utentes".
Na região de Lisboa e Vale do Tejo verificou-se em alguns dias, um congestionamento de ambulâncias à entrada dos SU de alguns hospitais, entre os quais o Hospital de Santa Maria (integrado no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte) e o Hospital Garcia de Orta.
O INEM, com o apoio da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e em articulação com aqueles hospitais, instalou pontos de pré-triagem e áreas de apoio clínico junto aos SU, permitindo, "aliviar a enorme pressão assistencial causada pelas ambulâncias com doentes covid-19 e não covid-19", pode ler-se no comunicado.
As equipas do INEM, compostas por médicos, enfermeiros e técnicos de emergência pré-hospitalar tiveram por missão avaliar o estado clínico dos doentes que se encontravam a aguardar nas ambulâncias e garantir a sua vigilância.
Os doentes emergentes ou mais graves "deram entrada diretamente nos SU e os doentes menos graves (triados como amarelos ou laranjas) aguardaram vaga numa área de apoio clínico mais reservada dos parques de estacionamento dos hospitais", sob vigilância e assistência médica das equipas do INEM de profissionais de saúde dos hospitais e Centros de Saúde envolvidos", refere o comunicado.
Os doentes com situação clínica que permitisse a sua estabilização nos cuidados de saúde primários foram, por seu lado, referenciados para centros de saúde da área, tendo a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo autorizado, excecionalmente, a 29 de janeiro, a possibilidade de o CODU referenciar doentes diretamente para os cuidados de saúde primários.
Até aí a referenciação só podia ser feita para unidades hospitalares com nível de Serviço de Urgência Básico, Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico ou Serviço de Urgência Polivalente.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.269.346 mortos resultantes de mais de 104,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 13.482 pessoas dos 748.858 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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