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Infeção no idoso é mais elevada

Próteses dentárias potenciam risco de infeção fúngica.

17 de outubro de 2015 às 17:58

Eles vivem dentro de nós, tranquilamente, mas são uns oportunistas. Ao primeiro sinal de fraqueza, atacam. E podem matar. Esta é a história de fungos como a candida, que afeta 20 a 25% dos doentes nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

A candida pode ser encontrada na pele, na boca, no estômago e nos intestinos. "Estas infeções afetam boca, pele, orofaringe [língua, amígdalas], couro cabeludo, dedos, unhas, genitais e órgãos internos quando infetam o fígado ou pulmão", explica ao CM José Diogo, especialista em microbiologia. A incidência da doença nos idosos é mais elevada do que na população em geral, pois os mais velhos estão mais imunodeprimidos (sistema imunológico fragilizado). E quanto à taxa de mortalidade? "Em infeções sistémicas nas UCI varia entre 30 e 40%. É bastante elevada e mais nos idosos", diz José.

No caso de doentes com diabetes, os cuidados redobram. "O idoso deve tratar as infeções e olhar sempre para as extremidades: pés e unhas. As pessoas obesas têm dificuldade em olhar para as unhas e como, tal como acontece com a diabetes, perdem a sensibilidade, a infeção desenvolve-se e elas não notam. Quando notam já está muito desenvolvida e pode ser fatal", sublinha.

Este tipo de infeções aumentou nos últimos 20-30 anos, em muito devido a doenças como a Sida ou às terapêuticas de doenças, que levam ao aumento da esperança de vida. As pessoas vivem mais tempo, vão ficando mais imunodeprimidas e mais sujeitas a estas infeções. O uso de antibióticos e outros remédios também potencia os fungos.

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