Antigo Presidente da República defendeu o desenvolvimento da cidade num horizonte de 20-30 anos.
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O antigo Presidente da República Jorge Sampaio propôs esta segunda-feira a elaboração de um plano estratégico para Lisboa 2050, defendendo que o desenvolvimento da cidade deve ser pensado num horizonte de 20-30 anos.
"Com a aceleração do tempo e o tropel de desafios que enfrentamos, com a transição demográfica, digital e energética a rondar e as alterações climáticas já bem patentes, importa pensar Lisboa no horizonte de 20-30 anos. Importa agora articular uma visão e um plano estratégico para 2050", afirmou o antigo chefe de Estado.
Jorge Sampaio deixou esta mensagem de "sugestão, convite e alerta" no cineteatro Capitólio, numa cerimónia para assinalar os 30 anos do Plano Estratégico de Lisboa, elaborado durante o período em que presidiu à Câmara da capital.
Para o antigo Presidente da República, "cabe planear as mudanças que urge fazer" para "responder aos desafios que se perfilam e que são de natureza estruturante, na quádrupla dimensão da sustentabilidade económica, social ambiental e cultural".
"Mas de uma coisa estou certo e seguro: é que, de qualquer forma, nunca Lisboa e o país em geral estiveram tão bem preparados (...) e apetrechados para realizar esta tarefa", defendeu, sustentando que atualmente "as competências e os saberes disponíveis" estão mais "sólidos e alargados", e as ferramentas de trabalho "são muito mais sofisticadas e rigorosas".
"Também os mecanismos de cooperação e as redes entre cidades são hoje mais diversificadas e eficazes, proporcionado o intercâmbio de experiências, a partilha de dados e saberes e colaborações várias", acrescentou.
Jorge Sampaio defendeu que atualmente há, da parte dos munícipes, "uma maior apetência por uma participação ativa nas decisões locais que influenciam diretamente as suas vidas, o que é um aspeto muito positivo que urge saber potenciar mais ainda", mas ressalvou que, "quanto mais alargada é a participação, maior é a diversidade de opiniões e mais forte o potencial de divergência e conflito".
"Daí que continue a ser fulcral a pedagogia da formação de consensos (...), a atenção e o cuidado de pôr no cerzir de acordos agregadores das pessoas em torno de interesses comuns. A meu ver, este é também um desafio cada vez mais premente nos tempos que correr, como todos sabemos", alertou.
Jorge Sampaio considerou também que Lisboa, ainda que "longe dos cânones das cidades ideais", tem "conseguido avançar pela modernidade, sem deixar de se renovar também como uma espécie e lugar de imaginários fora do tempo".
Por seu turno, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), elogiou a "extraordinária dignidade" de Jorge Sampaio "no exercício das suas funções", realçando a influência que teve na resolução de "problemas críticos", designadamente em matéria de Habitação e na extinção das então existentes barracas.
Fernando Medina destacou ainda que, da presidência de Jorge Sampaio na Câmara da capital, nasceu um "conjunto muito significativo de ideias".
No final do seu discurso, o autarca entregou ao antigo chefe de Estado um troféu de Lisboa Capital Verde Europeia 2020.
A iniciativa contou também com presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.
A convite de Jorge Sampaio, eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa em dezembro de 1989, Fonseca Ferreira, que morreu no ano passado, assumiu na autarquia a responsabilidade pela elaboração do Plano Estratégico da cidade, o primeiro em Portugal.
O urbanista foi ainda corresponsável pela elaboração do Plano Diretor Municipal da capital e de diversos planos de pormenor e sua aplicação.
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