A edição de hoje
Estavam inscritos para participar no Jubileu dos Adolescentes, este fim de semana, cerca de duas centenas de grupos portugueses, quase todos com mais de 10 elementos.
Para além dos quatro elementos que compõem a comitiva oficial do Estado português - Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Montenegro, José Aguiar-Branco e Paulo Rangel -, estarão, entre a assistência, na Praça de São Pedro, mais de dois mil portugueses. Sobretudo adolescentes, que tinham viagem marcada para participar no jubileu e na canonização do beato Carlo Acutis e que acabarão por viver esta experiência de assistir presencialmente ao funeral de um Papa.
“Vai ser um momento muito marcante, que nunca mais vamos esquecer. Fiquei triste por o Papa ter morrido, esperava vê-lo à janela, mas, ao mesmo tempo, estou contente por ter a possibilidade de participar no funeral”, disse Maria João Silva, secundada por Matilde Bastos, duas meninas que integram um grupo que se deslocou da paróquia de Carregosa, em Oliveira de Azeméis.
Ao todo, estavam inscritos para participar no Jubileu dos Adolescentes, este fim de semana, cerca de duas centenas de grupos portugueses, quase todos com mais de 10 elementos. Da freguesia de Ermesinde, Valongo, veio um grupo de 20 jovens da Congregação de N. S. da Caridade do Bom Pastor. Quando o CM os encontrou, já tinham ido à basílica para prestar a última homenagem ao Papa Francisco. A responsável, irmã Filomena Reis, disse ter-se tratado de “um momento de grande emoção”.
Para além dos grupos, há também muitas famílias portuguesas em Roma. Umas viajaram de propósito, outras foram apanhadas de surpresa. Isabel chegou de Guimarães com a família, em férias, mas quis o destino que o Papa morresse por estes dias. Fizeram duas tentativas de entrar na basílica, sem sucesso: “Há muita gente e nós, infelizmente, não conseguimos entrar. Mas quisemos estar aqui, a prestar homenagem a este Papa, de quem gostávamos muito.”
Ninguém quis cancelar viagem
Ana Carrilho, que dirige um grupo da paróquia da Senhora da Oliveira, em Torres Vedras, assegura que, quando pensaram em cancelar a viagem, devido à morte do Papa, “os miúdos disseram que não, que pretendiam estar presentes no funeral”.
Corpo de Francisco Papa passa em frente ao Coliseu de Roma
A última viagem de Francisco é de cerca de 6 km, pelas ruas do Centro Histórico de Roma, entre as basílicas de São Pedro e de Santa Maria Maior. Um cortejo fúnebre em que os fiéis podem, das janelas das suas casas e nos passeios, dizer adeus aos seus bispos. Não vai ser um cortejo “a passo de homem”, informou a Santa Sé. A viatura que transportará o corpo circulará a uma velocidade próxima dos 10 km/hora, demorando o cortejo entre 30 e 40 minutos. O féretro desce pela Via da Conciliação, passa o rio Tibre, percorre a via Vittorio Emanuele, atravessa a Praça de Veneza e passa em frente ao coliseu, onde Francisco presidiu por uma dezena de vezes à Via Sacra de Sexta-Feira Santa. Sobe depois a via Merulana, até à Basílica de Santa Maria Maior.
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