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Matemática intimida novos professores

Conselho de Educação propõe acabar com prova de ingresso da disciplina.

23 de junho de 2019 às 09:48

O Conselho Nacional de Educação (CNE) quer excluir o exame nacional de Matemática do conjunto de provas impostas aos futuros professores do 1º e 2º ciclos.

A proposta de reestruturação do acesso aos cursos de formação de docentes não colhe apoio junto do Governo e merece a oposição - preocupada - da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap). Para os encarregados de educação é imperativa uma discussão "mais abrangente" que evite um aparente menor rigor no acesso à profissão.

Na ‘Recomendação sobre qualificação e valorização de educadores e professores dos ensinos Básico e Secundário’, o CNE aponta para "constrangimentos nas condições de acesso que têm estrangulado ainda mais o ingresso de alunos em cursos de formação de professores", nomeadamente a "obrigatoriedade de uma prova de Matemática do Ensino Secundário", pelo que a capacidade de atrair alunos cuja a área de estudo não inclua a disciplina sai condicionada.

A posição - validada em plenário no início do mês - motivou a apresentação de duas declarações de voto em sentido oposto. Jorge Ascensão, presidente da Confap, sublinhou a "necessidade de se discutir e alterar o paradigma do acesso para todos os cursos, evitando parecer que se desvaloriza o rigor no ingresso na formação para docente do 1º ciclo".

Para a conselheira do CNE designada pelo Governo, Inês Duarte, a recomendação "configura uma diminuição da exigência na preparação dos candidatos à licenciatura em Educação Básica".

PORMENORES

Solução de base

O Conselho Nacional de Educação (CNE) recomenda a "a previsão, durante a licenciatura [em Educação Básica], de um tempo complementar ou integrado na formação científica em Matemática".

Justificação

Para o CNE os tópicos essenciais de Matemática para a formação de professores, que são aprofundados durante o Ensino Superior, são ensinados até ao 9º ano de escolaridade.

Saída em massa

O CNE avisa que se aproxima "uma saída em massa que poderá rondar os 30 000 professores dentro de oito anos", num quadro de envelhecimento da classe, que poderá causar uma "rutura".

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