Medicamentos precisam de mais estudos para saber os efeitos no doentes com insuficiência renal.
Uma especialista em hepatite C defendeu esta terça-feira que a introdução de novos medicamentos para tratamento do vírus que provoca a doença traz vantagens aos doentes, mas ainda há "muito trabalho" a fazer para ajustar estes fármacos a pessoas com insuficiência renal.
Alice Santana é uma das médicas que vai participar no Encontro Renal 2015, que se realiza entre quarta-feira e sábado, em Vilamoura, no Algarve, e disse à Lusa que sua intervenção irá focar-se nos tratamentos disponíveis até aqui e nos que se perspetivam para o futuro dos doentes em diálise ou transplantados e que tenham simultaneamente o vírus da hepatite C.
Entre esses novos tratamentos para a hepatite C estão alguns medicamentos novos e já aprovados, como o Sofosbuvir, que "muita tinta fez correr na imprensa" devido aos preços elevados, ou outros que ainda estão em ensaios clínicos e ainda em negociação de preços com a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde - Infarmed, precisou.
Alice Santana disse que os dados mais recentes disponíveis são relativos a 2013 e dão conta "de cerca de 450 doentes em diálise e portadores do vírus da hepatite C", considerou que estes novos tratamentos "podem vir a ajudar" estes pacientes, mas advertiu que ainda há "muito trabalho" a fazer para perceber como melhor podem ser utilizados nestes casos concretos.
"Mesmo em relação ao Sofosbuvir, que já existe e já está em utilização aqui em Portugal, ainda não existem dados muito concretos sobre a sua aplicação nos doentes em diálise e nos doentes transplantados. E isto por quê? Porque estas subpopulações depois têm que ser estudadas com as suas particularidades", justificou.
A especialista precisou que é necessário "ver não só a eficácia dos fármacos nesta população com outras características, como também as doses necessárias e a interação com outros fármacos que estes doentes fazem".
"E isso aí é ainda mais importante em relação aos doentes transplantados, que têm que fazer medicamentos imunossupressores para não rejeitarem o rim ou outros órgãos, e temos que ver qual é a interferência destes novos fármacos com os imunossupressores para procedermos depois aos ajustes em toda a medicação", argumentou ainda Alice Santana.
A especialista observou que, apesar de já existirem "alguns dados disponíveis dos novos fármacos em relação a posologia e a interações medicamentosas", ainda "há muito trabalho pela frente" e "não existem ainda grandes estudos com muitos casos quer na população de doentes em diálise, quer na população de doentes transplantados".
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