Diogo Santos vai para a escola de táxi.
Menino cego faz 120 km por dia para ir à escola
"Acorda todos os dias às sete da manhã. Meia hora depois, entra no táxi – o custo é suportado pelo Estado –, que o leva até Vila Real, mas antes ainda passam numa aldeia aqui próxima para apanhar uma menina que também tem problemas de visão. Depois, chega a casa por volta das 18h15", explicou ao Correio da Manhã o pai, Miguel Ângelo, de 40 anos.
Foi no ano letivo passado que a vida de Diogo mudou, com o seu ingresso na escola primária. As opções recaíam sobre o Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, em Bragança, ou o Agrupamento Diogo Cão, em Vila Real – escolas referenciadas para a inclusão de alunos cegos ou com baixa visão. "Escolhemos Vila Real por uma questão prática. Ele tem consultas lá e no Porto. Assim, fica mais perto", acrescentou a mãe, Isabel Pereira, de 35 anos.
Diogo sofre de amaurose congénita de Leber, uma doença rara que lhe foi diagnosticada com apenas um ano de vida. Hoje só vê vultos, mas com o avançar da idade ficará totalmente cego. "Gosto muito de ir à escola e não me importa que seja longe e que tenha de ir de táxi porque eu quero aprender. Tive excelente a todas as disciplinas no primeiro período", contou o menino, que sonha um dia ser técnico informático.
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