A edição de hoje
Comerciantes começam a perder a esperança de ajuda.
Os peritos que estão no terreno em Albufeira a avaliar os prejuízos dizem que 50% dos atingidos não têm seguro ou não têm apólices que cubram todas as perdas, apurou o CM. Uma das principais companhias de seguros a operar em Portugal já somou danos num valor superior a três milhões de euros.
Peritos seguradores contactados pelo CM manifestaram-se contra o facto de poder ser decretada "calamidade pública" (decreto-lei 477/88) uma vez que é mais prejudicial para os lesados que só podem ser ajudados, por lei, se não tiverem qualquer tipo de seguro.
Seis dias depois do temporal que arrasou Albufeira, os trabalhos de limpeza continuam a bom ritmo. Comerciantes e moradores lutam para devolver a normalidade à baixa da cidade mas têm dúvidas sobre os apoios prometidos pelo Governo. "Comparamos as palavras do senhor ministro com o caso do médico que receita 500 mg de paracetamol a um doente com cancro", referiu Luís Alexandre, presidente da Associação de Comerciantes.O voluntariado tem sido fundamental para a rapidez com que os trabalhos de limpeza se têm vindo a processar. Até alunos de escolas estão a colaborar. "Temos aqui 100 alunos cheios de vontade de ajudar. Formámos equipas, que foram encaminhadas pela Proteção Civil." Mais de 150 viaturas ficaram danificadas. Durante esta sexta-feira foram recuperadas algumas. No entanto, muitas das que se encontravam estacionadas em parques subterrâneos continuam por resgatar.
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