"Há hoje uma atitude mais aberta perante as questões da saúde metal", afirmou Manuel Pizarro.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, defendeu esta segunda-feira a necessidade de deixar de olhar para os temas da saúde mental como um tabu e garantiu que esta é uma área prioritária do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em Vila Nova de Gaia, no distrito o Porto, onde abriu a conferência "A Saúde Mental no Pós-Pandemia - Estigma e Combate", Manuel Pizarro disse que "há hoje uma atitude mais aberta perante as questões da saúde metal" e que para isso muito contribuiu a reflexão sobre este tema feita com a pandemia da covid-19, mas admitiu que ainda existem preconceitos.
"Temos de deixar de tratar os temas da saúde mental como um tabu", sublinhou.
Manuel Pizarro disse que esta é, para o Governo, uma área prioritária no âmbito do PRR, estando inscritos 88 milhões de euros de investimento público para a área da saúde mental.
O ministro da saúde avançou como objetivo a colocação ao serviço da comunidade de mais equipas de saúde mental e estimou que, após a entrada em funcionamento de 10 em 2021, existirão 40 até ao final da implementação do PRR.
"Até ao final de 2022 contamos que sejam já 20 as equipas de saúde mental comunitária em funcionamento", apontou.
Outra meta ressalvada hoje foi a de criar 1.500 vagas de cuidados continuados até ao final do PRR.
Num discurso que marcou a abertura de uma conferência organizada pela Rádio Renascença em parceria com a Câmara de Vila Nova de Gaia, Manuel Pizarro também defendeu que não se justifica continuar a basear os internamentos apenas em hospitais psiquiátricos e destacou a aposta do Governo na construção de unidades de internamento para esta área em hospitais gerais.
"A nossa própria consideração dos direitos humanos de uma pessoa que sofre de problemas mentais era muito diferente antigamente do que é hoje. As pessoas que sofrem de saúde mental não podem ter os seus direitos diminuídos", apontou.
O ministro da saúde considerou que "é muito difícil justificar que as pessoas fiquem décadas interna-as em hospitais psiquiátricos" e, sobre a construção de áreas dedicadas em hospitais gerais, deu como exemplo um projeto já em curso em Santo Tirso.
"No SNS temos uma clara prioridade em relação a este tema. A atividade assistencial está em pleno curso, realizamos mais de 600 mil consultas na área da psiquiatria. Mas não podemos tratar da saúde mental como um tema da especialidade dos psiquiatras, os temas de saúde mental têm de ser tratadas pelo conjunto da SNS. Estruturas da comunidade e de cuidados de saúde primária", concluiu.
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