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Mulheres até 40 anos e solteiros dominam emigração qualificada portuguesa

Os emigrantes portugueses qualificados escolhem como destino principal o Reino Unido.

17 de dezembro de 2015 às 19:58

A emigração qualificada portuguesa é maioritariamente feminina, na faixa dos 30 aos 40 anos, e representa uma perda para Portugal na ordem dos 7 mil milhões de euros, revela um estudo esta quinta-feira apresentado em Lisboa. 

Com base numa amostra de 1.011 emigrantes com, pelo menos, o grau de licenciatura, o estudo concluiu que 54,2% são do sexo femino, 60% está na faixa dos 30 aos 39 anos e 58,5% são pessoas solteiras, sendo que, em termos de habilitações académicas, há 43% com mestrado, 35% com licenciatura/pós-graduação e 22% com doutoramento. 

As conclusões do estudo, que se insere no projeto Bradramo - Brain Drain and Academic Mobility from Portugal to Europe (Êxodo de competências e mobilidade académica de Portugal para a Europa) e resulta do trabalho conjunto das Universidades de Coimbra, do Porto e de Lisboa, foram apresentadas hoje no seminário "A Emigração Portuguesa no Século XXI", que decorreu no Instituto Universitário de Lisboa, do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).

"A área das ciências, matemática e informática, com 35%, é a mais representada entre a emigração portuguesa qualificada, tendo 80% dos inquiridos saído de Portugal no deflagrar da crise, contra apenas 15% que deixaram o país antes de 2007", revelou Rui Brites, metodólogo, momentos antes da sua intervenção, intitulada "A Emigração Portuguesa Qualificada na Europa: Principais Resultados".

De acordo com o investigador, os emigrantes portugueses qualificados escolhem como destino principal o Reino Unido, seguindo-se a Alemanha, a França e a Bélgica, sendo a realização profissional o principal móbil para sair do país, seguido das razões económicas.

Em termos de rendimento, enquanto em Portugal a maior parte dos inquiridos recebia até 1.000 euros, no estrangeiro a maior parte recebe de 1.000 a 3.000, "com cerca de 7% a 8% a receberem acima de 6.000 euros", assinalou Rui Brites, acrescentando que "mais de metade dos respondentes pensa ficar fora de Portugal mais de 10 anos".

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