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Natal pode trazer terceira vaga de Covid-19 à Europa

Compras e celebrações da época festiva podem gerar onda nova de contágio, se não houver plano para manter pandemia nos mínimos.

06 de novembro de 2020 às 08:42

O alerta chega de Itália, pela voz da epidemiologista Andrea Crisanto, mas é aplicável à grande maioria dos países: se não houver um controlo eficaz da pandemia ao longo do próximo mês, o Natal pode potenciar o surgimento de uma terceira vaga de Covid-19.

O raciocínio de Andrea, transmitido durante um encontro com a Associação Italiana de Imprensa Estrangeira, é simples: "As Unidade de Cuidados Intensivos estão à beira do colapso, o que vai obrigar a endurecer as medidas de confinamento. Quando o Natal se aproximar, haverá grande pressão política e económica para aligeiras as medidas, mas se não tivermos um plano para manter a pandemia nos mínimos, haverá terceira vaga em janeiro e fevereiro."

Pese embora o otimismo de alguns países relativamente à descoberta de uma vacina ainda este ano, a sua produção, distribuição e aplicação levará tempo, pelo que não é de excluir a hipótese de uma terceira vaga.

Vacina indiana no bom caminho

A vacina contra a Covid-19 apoiada pelo governo indiano poderá ser lançada já em fevereiro - vários meses antes do previsto. Os últimos ensaios clínicos vão começar ainda este mês e os resultados, até agora, têm mostrado que é segura e eficaz, garante o governo. A vacina terá a denominação de Covaxin.

Remédio de anticorpos aguarda aprovação

A farmacêutica Regeneron disse que o regulador de saúde dos EUA está a analisar o seu cocktail de anticorpos para tratar a Covid-19 e que tem esperança de que o medicamento possa ser autorizado em breve. O tratamento foi administrado a Donald Trump durante o período em que esteve hospitalizado.

Radar Covid

Alemanha

Os alemães aumentaram novamente as suas compras de papel higiénico. Segundo o departamento oficial de estatísticas, entre 19 e 24 de outubro os consumidores adquiriram mais do dobro (139%) de papel higiénico, em relação à média dos meses anteriores à crise.

China

Face ao avanço da pandemia, a China decidiu suspender a entrada de viajantes do Reino Unido, Bélgica, Filipinas e Índia no país, incluindo todos aqueles que tinham visto ou autorização de residência em vigor.

Austrália

Com cerca de 25 milhões de habitantes, a Austrália anunciou que vai comprar mais de 50 milhões de doses de vacinas contra a Covid à Novavax e ao consórcio Pfizer-BioNTech. "Não há garantias de que serão bem-sucedidas, mas a nossa estratégia é colocar a Austrália na linha da frente", justificou o primeiro-ministro, Scott Morrison.

França chama alunos de Medicina

Os estudantes de Medicina franceses poderão ser chamados para reforçar as equipas de saúde no combate à pandemia, admitiu ontem o ministro Olivier Véran. "Os próximos dias e semanas serão muito difíceis", alerta o titular da pasta da Saúde. A França tem mais de 4000 doentes nas Unidades de Cuidados Intensivos dos hospitais.

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