Ocupação turística rendeu 750 milhões

Em 2015, os hotéis e empreendimentos turísticos algarvios registaram um volume de receitas de 750 milhões de euros. O valor representa um crescimento de 8,6 por cento (64,5 milhões de euros) em relação ao ano anterior. Em 2016, tudo indica que a tendência se vai manter.

Nos dados relativos a 2015, que a Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) se prepara para divulgar na próxima semana, além do volume de receitas registou--se um aumento também na ocupação (+ 5,5%) e nos preços (+ 3,1%) das unidades hoteleiras em comparação com o ano anterior. Para 2016, as previsões da AHETA apontam para subidas de 3,8% na ocupação, 2,6% nos preços e 6% nas receitas no setor da hotelaria.

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Para já, janeiro deste ano confirmou estas estimativas, com aumento dos principais indicadores (+ 15,9% na ocupação e + 16% no volume de negócios), em comparação com o mesmo mês de 2015. Mas este ainda é um mês de época baixa, que pouco representa no total anual das receitas de hotéis e empreendimentos turísticos.

"A instabilidade em mercados concorrentes, como a bacia do Mediterrâneo e a zona do Magrebe, a descida do preço do petróleo e a desvalorização do euro" são as três principais razões, apontadas por Elidérico Viegas, presidente da AHETA, para a subida. Mas houve também uma adaptação dos empresários às novas tecnologias: "Atualmente, as reservas através dos grandes operadores já só representam 48% do total, quando no passado eram a quase totalidade. As unidades da região têm registado um grande aumento nas vendas diretas aos clientes, em particular, através da internet, que já representam 27 ou 28% do total".

Elidérico Viegas acredita que "dentro de dois ou três anos sejam atingidos os valores do início do século", os melhores das últimas décadas no Algarve.