Bastonária mostrou-se preocupada com a situação dos profissionais e com a situação vivida nas unidades de saúde.
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A bastonária da Ordem dos Enfermeiros reforçou esta sexta-feira o pedido de audiência ao Presidente da República, manifestando-se muito preocupada com a situação dos profissionais e com a situação vivida nas unidades de saúde.
"Pedimos ajuda ao Presidente da República, alguém com superior sentido de Estado tem de se interessar por esta questão", afirmou Ana Rita Cavaco à agência Lusa, indicando que há dois dias foi renovado o pedido de audiência, dado que o anterior pedido foi feito em finais de agosto.
Há cerca de um mês que os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia estão num protesto que tem afetado várias atividades, como os blocos de parto, tendo na semana passada decorrido uma greve de cinco dias de todos os enfermeiros que exigem uma revisão da sua carreira.
Sobre a reunião de quinta-feira que juntou na Ordem dos Enfermeiros os quatro sindicatos, organizados em duas federações, a bastonária mostrou-se preocupada com a falta de consenso e manifestou a sua surpresa pelo comportamento do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
"O SEP acabou por revelar [durante a reunião], e fiquei surpreendida, que nunca entregou nenhuma proposta de carreira ao Governo", disse Ana Rita Cavaco.
"O que andam a fazer nas negociações? Só agora é que perceberam que os enfermeiros querem uma nova carreira?", questionou.
A bastonária indicou que foi apresentado a todos os sindicatos um documento de consenso para as quatro estruturas assinarem, contendo os princípios que os enfermeiros têm considerado essenciais em relação à sua carreira, como as 35 horas de trabalho semanais ou a diferenciação do enfermeiro especialista.
De acordo com Ana Rita Cavaco, o SEP e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (que formam a CNESE) não quiseram assinar o documento, mesmo havendo disponibilidade para alguma reformulação.
"Andarmos sistematicamente em greves não é bom para ninguém", assume a bastonária, referindo que o SEP mantém a sua intenção de avançar para uma greve nos dias 3, 4 e 5 de outubro, depois de a outra Federação de sindicatos ter estado em greve há uma semana e prever outra para meio de outubro.
Para Ana Rita Cavaco, o Governo "está a potenciar os desencontros" entre os sindicatos de enfermeiros.
"O primeiro-ministro chamou para reunião um sindicato em plena greve convocada por outras estruturas sindicais. Ao Governo dá-lhe jeito fazer isto para depois poder dizer que não conseguiu chegar a acordo porque os sindicatos não se entendem", disse.
Ana Rita Cavaco diz que a situação dos enfermeiros "tem de ser resolvida" e pede a intervenção do Presidente da República: os enfermeiros estão no limite, o que coloca em causa a vida de todos nós".
O protesto dos enfermeiros especialistas que agora decorre há quase um mês tinha ocorrido já durante quase todo o mês de julho, tendo sido interrompido para negociações com o Governo.
A 24 de agosto, os profissionais especialistas retomaram o protesto por "falta de resposta política do Governo", segundo o movimento destes profissionais.
Consultas de vigilância da gravidez, blocos de partos, internamentos de alto risco, interrupção voluntária da gravidez ou cursos de preparação para a parentalidade são algumas das funções específicas destes profissionais que são afetadas no protesto.
O ministro da Saúde chegou a pedir um parecer sobre o protesto realizado em julho, tendo o conselho consultivo da Procuradoria-geral da República (PGR) concluído que os enfermeiros especialistas podem ser responsabilizados disciplinar e civilmente, bem como incorrer em faltas injustificadas.
A par do protesto, os enfermeiros realizaram entre 11 e 15 de setembro uma greve nacional, convocada pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e pelo Sindicato dos Enfermeiros (SE), apoiada pela Ordem dos Enfermeiros.
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