Bastonário revelou ainda preocupação com a demissão do diretor do serviço de Ortopedia.
O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) disse esta terça-feira que não ficou esclarecido com o afastamento do diretor clínico da unidade local de saúde (ULS) Santa Maria e revelou preocupação com a demissão do diretor do serviço de Ortopedia.
"Eu não posso ter ficado mais esclarecido, porque penso que Rui Tato Marinho também não está esclarecido sobre a sua situação, inclusive ontem [segunda-feira], publicamente transmitiu que estava à espera de esclarecimentos. O próprio bastonário da OM também não ficou esclarecido", disse Carlos Cortes.
O responsável falava aos jornalistas após se reunir com os diretores clínicos da ULS Santa Maria, Rui Tato Marinho e Eunice Carrapiço, na sede da OM, em Lisboa.
Na segunda-feira, Rui Tato Marinho afirmou que iria continuar a desempenhar o cargo, desconhecendo que esteja a decorrer um procedimento legal para a sua substituição, depois de na semana passada a administração da unidade de saúde, presidida por Carlos Martins, ter anunciado alterações na sua composição, que passariam pela saída do diretor clínico.
Segundo a ULS Santa Maria, as alterações passariam pela saída da diretora clínica, Eunice Carrapiço, para os cuidados de saúde primários.
"A OM está preocupada com aquilo que está a acontecer no Hospital Santa Maria. Não deveria acontecer. Tentei recolher alguns elementos junto do diretor clínico sobre a questão da ortopedia, não obtive, não fiquei satisfeito, porque há mais aspetos que devem ser esclarecidos e irei entrar em contacto, assim que puder, com o diretor de serviço de Ortopedia", salientou.
O diretor do serviço de Ortopedia do Hospital Santa Maria demitiu-se, confirmou à Lusa a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que classificou a demissão como "mais um grito de alerta" para o esgotamento dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em declarações à Lusa a propósito da demissão do diretor do serviço de Ortopedia do Santa Maria -- noticiada inicialmente pela Sic Noticias -, a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, lembrou que esta decisão se seguiu à apresentação de escusas às horas extraordinárias por parte de 12 ortopedistas do mesmo hospital.
O bastonário disse que motivo principal da demissão do diretor do serviço de Ortopedia tem a ver com a "falta de recursos médicos para assegurar o serviço de urgência e a atividade normal".
"Neste momento ainda não sei exatamente o que é que levou efetivamente a essa demissão, porque, em muitos serviços, infelizmente, há uma falta de recursos humanos, há muita falta de médicos em muitos serviços do país. Mas teve de haver, do meu ponto de vista, algo mais para motivar esta demissão. Resta saber se o serviço da ortopedia teve o apoio necessário para poder contratar os médicos que necessitava", realçou.
Carlos Cortes lembrou que Rui Tato Marinho "não vai continuar no Conselho de Administração" do Hospital Santa Maria.
"Nós estamos a falar do hospital mais importante do país, do diretor clínico do hospital mais importante do país, portanto, acho que há aqui uma obrigação, do ponto de vista também daquela que é a responsabilidade ética do Conselho de Administração da ULS Santa Maria explicar ao país aquilo que aconteceu", acrescentou.
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