"Os relatos chocam-nos e envergonham-nos". Relatório indica que foram validados 512 testemunhos dos 564 recebidos.
A organização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJLisboa2023) reafirmou o seu "compromisso em ser parte ativa" no combate aos abusos sexuais, "promovendo uma cultura de prevenção e cuidado" na realização da Jornada.
Em nota publicada na sua página da rede social Facebook, a organização da JMJLisboa2023 disse estar a acompanhar "com dor e profunda tristeza as conclusões do relatório da Comissão Independente para o Estudos dos Abusos Sexuais contra Crianças na Igreja Católica em Portugal" divulgado na segunda-feira.
"Os relatos chocam-nos e envergonham-nos", acrescenta a nota.
A organização da Jornada Mundial da Juventude, agendada para Lisboa entre 01 e 06 de agosto, refere ainda que reza "por todos aqueles que foram abusados física, emocional e sexualmente por membros da Igreja Católica" e pede que "sejam lembrados, respeitados e acompanhados em tudo o que necessitarem".
A organização da JMJLisboa2023 é liderada pelo bispo auxiliar de Lisboa Américo Aguiar, que é também coordenador da Comissão para a Proteção de Menores do Patriarcado de Lisboa.
Anteriormente, a organização da Jornada anunciara estar a contar com a colaboração da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) para a adoção de procedimentos de prevenção, proteção e resposta a incidentes que possam envolver jovens participantes no encontro mundial com o Papa.
O relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja indica que foram validados 512 testemunhos dos 564 recebidos, o que permitiu a extrapolação para a existência de, pelo menos, 4.815 vítimas, tendo sido enviados 25 casos para Ministério Público.
Os dados revelaram que 97% dos abusadores eram homens e em 77% dos casos padres, além de que em 47% dos casos o abusador fazia parte das relações próximas da criança.
A Conferência Episcopal Portuguesa vai tomar posição sobre o relatório no dia 03 de março, em Fátima, durante uma Assembleia Plenária extraordinária.
Os abusos sexuais revelados ao longo de 2022 abalaram a Igreja e a sociedade portuguesa, à imagem do que ocorreu com iniciativas similares em outros países, com alegados casos de encobrimento pela hierarquia religiosa a motivarem pedidos de desculpa.
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