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Papa: “Vou continuar a rezar por vocês”

Pais das vítimas do Meco reuniram esta quarta-feira com Francisco.

25 de junho de 2015 às 01:00

No meio da multidão que ontem gritava pelo papa na audiência geral na Praça de  S. Pedro, no Vaticano, estava um grupo cujas lágrimas teimam em cair há já ano e meio. Eram os pais dos seis jovens que morreram na praia do Meco. A tragédia que os fez pedir ao Vaticano um encontro com o papa. O santo padre deu a mão aos pais dos seis jovens que morreram em dezembro de 2013. "Vou continuar a rezar por vocês", prometeu o papa Francisco.

Palavras que deixaram os pais comovidos. "Senti uma força enorme para continuar a nossa luta. Acho que nos recebeu muito bem. O amor de mãe é maior do que a mentira. Vamos daqui com muita força. Senti o conforto que precisava. Ela [a filha Carina Sanchez] fazia o mesmo por mim se cá estivesse. O papa olhou para a fotografia da minha filha e disse que ela era linda", contou ao Correio da Manhã Conceição Horta, mãe de Carina Sanchez.

Às dez da manhã de ontem, o papa Francisco saudou a multidão no papa móvel e a seguir proferiu a homilia cujo tema foi dedicado à família. Não demorou mais de 15 minutos. Dirigiu-se aos pais como sendo as famílias de Sesimbra.

No regresso, Fernanda Cristóvão, mãe de Catarina Soares, sente-se com tem mais força. "O papa disse que ia rezar por nós. Continuo a dizer que não vou desistir. Vim ao Vaticano para me fortalecer e saio mais forte", frisou poucos minutos depois de ter cumprimentado o santo padre. Fernanda Cristóvão mostrou, à semelhança dos restantes pais, as fotografias da filha. Todos levaram os retratos e as camisolas com os nomes dos filhos. Para já, travam uma nova luta na Justiça. Esperam agora a decisão do Tribunal da Relação – apresentaram recurso após o processo ter sido arquivado pela segunda vez.

"Tudo isto é um misto de sentimentos. O nosso objetivo é ver se conseguimos ter alguma serenidade e paz. Sei que vai ser difícil. Porque apesar disto continuamos a não ter resposta para as nossas perguntas", concluiu Fátima Negrão. O marido, Humberto Negrão, também falou ao CM. "Apesar de sabermos que íamos estar com o papa, nunca pensámos que íamos sentir a sua força. Infelizmente, estamos aqui pelos piores motivos", referiu.

António Soares, pai de Catarina, ficou emocionado: "Tivemos muitas pessoas que nos perguntaram o que estávamos a fazer e eu falei-lhes dos nossos filhos. Prometeram rezar pela nossa causa."

Clique para aceder à rubrica com a opinião de Octávio Ribeiro, diretor do CM, sobre este tema: Mistério do Meco

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