Sindicato espera abertura para negociações com o Governo.
A greve dos médicos de Lisboa e Vale do Tejo, convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) tem uma adesão entre os 80 e 90%, segundo fonte sindical, que espera agora abertura para negociações por parte do governo.
Segundo Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do SIM, os dados indicam que a paralisação atingiu os 90 por cento nos hospitais, cerca de 85% nos blocos operatórios e 80% nas consultas externas.
Em alguns casos, como os centros hospitalares de Santarém e do Médio Tejo ou o hospital Dona Estefânia, a adesão nos blocos foi total, exemplificou Roque da Cunha, mostrando-se satisfeito com a mobilização dos médicos.
"Após um ano de negociação em que não fizemos greve e depois de o governo fazer uma proposta de 3,1% quando o poder de compra foi reduzido em 22%" para a população, o sindicato propôs "a recuperação desse poder de compra para todas as carreiras" médicas de modo gradual.
Por isso, a greve é "um sinal muitíssimo claro e expressivo" da "justeza das nossas reivindicações" perante "um governo que tem maioria absoluta e está a governar há oito anos e tem uma coleta fiscal como nunca aconteceu", disse Roque da Cunha.
"Esperemos que o governo, mais cedo do que tarde, possa arrepiar caminho", afirmou, considerando que o país vive numa situação "insustentável" no setor, como mostra o número de portugueses sem médicos de família, as listas de espera ou as dificuldades em compor as escalas dos serviços de urgência.
"Esperamos que as palavras que o senhor ministro [da Saúde] tem afirmado publicamente possam ter consequência na prática, nomeadamente para convencer o senhor [Fernando] Medina [ministro das Finanças] de que se não agir agora terá de continuar a pagar os 168 milhões que foram pagos aos colegas prestadores de serviços no ano passado ou a suportar o aumento das doenças crónicas associadas à falta de assistência preventiva", adiantou.
O secretário-geral do SIM disse que é preciso "que o governo perceba que tem um problema sério" e manifestou disponibilidade para que durante a legislatura possam ser "criadas condições para que os médicos não continuem a sair do Serviço Nacional de Saúde".
A segunda greve de dois dias dos médicos de Lisboa e Vale do Tejo iniciou-se às 00h00 de esta quarta-feira , englobando hospitais e centros de saúde que não foram abrangidos pela paralisação que decorreu a 13 e 14 de setembro.
A greve regional, que se estende até às 24h00 de quinta-feira, abrange os centros hospitalares Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental, do Oeste, Médio Tejo e os hospitais Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), de Santarém, o Hospital Forças Armadas e o Hospital Prisional de Caxias.
Segundo o SIM, são também abrangidos pela paralisação o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses Sul, o Instituto Português do Sangue e Transplantação e a Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (DICAD) da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Os médicos dos Agrupamentos de Centro de Saúde (ACES) de Lisboa Norte, Lisboa Central, Ocidental e Oeiras, Amadora, Sintra, Oeste Norte, Oeste Sul, Médio Tejo e Lezíria também são abrangidos pela paralisação de dois dias.
Os serviços mínimos devidos durante a greve médica regional são os estabelecidos na regulamentação coletiva do trabalho em vigor no SNS, refere o SIM.
As negociações entre sindicatos dos médicos e o Ministério da Saúde iniciaram-se em 2022, mas até ao momento não houve acordo.
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