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Participação em 1.983 projetos garante a Portugal mil milhões do programa Horizonte Europa

Agência Nacional de Inovação adianta que taxa de sucesso do financiamento recebido foi "acima da média europeia".

03 de junho de 2025 às 18:45

Entre 2021 e 2024, Portugal participou em 1.983 projetos do Horizonte Europa, tendo garantido 1.178 milhões de euros em financiamento, indica a avaliação intermédia do programa divulgada esta terça-feira pela Agência Nacional de Inovação (ANI).

Em comunicado, a ANI adianta que 519 daqueles projetos foram coordenados por Portugal e que a taxa de sucesso do financiamento recebido foi "de 18,6, acima da média europeia", com as universidades e institutos de investigação a captarem cerca de 62% do financiamento e as empresas à volta de 30%.

A avaliação intercalar do programa-quadro de investigação e inovação da União Europeia para o período de 2021-2027, publicada recentemente pela Comissão Europeia, estima que cada euro investido pela UE possa gerar até 11 euros de retorno económico, o que "sublinha a relevância estratégica do investimento europeu em ciência e inovação para a economia europeia".

Até janeiro de 2025 foram financiados a nível europeu mais de 15 mil projetos, num total superior a 43 mil milhões de euros.

"A avaliação intercalar do Horizonte Europa confirma que o programa é uma ferramenta estratégica para o futuro da Europa e demonstra que Portugal está no caminho certo, com resultados muito encorajadores", afirma o presidente da ANI, António Grilo, citado no comunicado.

Adianta que a agência, de apoio à inovação científica e tecnológica em Portugal, "continuará a apostar numa abordagem colaborativa e orientada para resultados, apoiando os nossos investigadores, empreendedores e empresas na valorização do conhecimento e na captação de financiamento europeu".

A ANI assinala que, "de acordo com dados da Comissão Europeia, a taxa de sucesso dos projetos portugueses supera a média europeia em várias áreas, por exemplo na alimentação, biotecnologia e agricultura, refletindo o esforço contínuo de qualificação e mobilização do ecossistema nacional de inovação".

A presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Madalena Alves, destaca, por seu turno, o "papel central" assumido pela comunidade nacional no "processo de definição do planeamento do último biénio do Programa-Quadro, ao poder participar ativamente na definição de modelos de financiamento e seus instrumentos".

"Para 2025 há uma série de novidades, incluindo oportunidades para 'startups' de base científica e tecnológica, instrumentos como os vouchers Deep Tech e iniciativas de apoio à preparação de candidaturas a programas europeus", refere ainda a Agência Nacional de Inovação.

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