Trabalhadores da ilha Terceira queixam-se de uma "brutal quebra de rendimento" por não poderem exercer a atividade, por terem esgotado a quota de alfonsim e de goraz.
A Associação Terceirense de Armadores exige a demissão do secretário regional do Mar e das Pescas dos Açores, na sequência da rejeição de pescado (alfonsim), atirado ao mar.
O Governo Regional desvaloriza as críticas e promete reunir com os pescadores.
"É isso que eu tenho a dizer ao Governo Regional. Que o demita [Mário Rui Pinho] o mais rápido possível para que as pescas andem para a frente. Não andam para a frente por causa do secretário das Pescas que temos", acusou Paulo Melo, presidente da Direção da Associação Terceirense de Armadores, em declarações aos jornalistas.
O armador terceirense reagia assim às críticas feitas por Mário Rui Pinho, que não gostou de ver os pescadores daquela ilha a devolverem ao mar dezenas de exemplares de alfonsim, capturados acidentalmente, e rejeitados por já não existir quota suficiente atribuída para a captura daquela espécie.
"Há um documento assinado pela Secretaria Regional das Pescas que diz que é proibido a gente ter aquele peixe a bordo. Já tivemos aqui vários barcos que tiveram multas!", disse Paulo Melo, que acusa o titular da pasta das Pescas nos Açores, de estar a "mentir".
O governante, que já tinha afirmado que os pescadores terceirenses estavam a fazer uma má gestão da quota atribuída à sua ilha, e que pareciam estar a "pedir" para serem autuados pela Inspeção Regional das Pescas (IRP), desvaloriza agora as críticas dos armadores e garante que vai reunir com o setor.
"Desvalorizamos aquilo que são as palavras que vêm do senhor presidente da associação. O importante aqui é trabalhar para a solução do problema", disse Mário Rui Pinho, adiantando que irá, em breve, deslocar-se à ilha Terceira para reunir com os armadores, "para explicar, pessoalmente, este problema".
O secretário regional do Mar e das Pescas lembra que foi a União Europeia quem determinou a aplicação de quotas e taxas para as várias espécies de peixe que são capturadas nos Açores, e que ao Governo Regional compete apenas gerir as quotas, em parceria com as associações de pesca.
"Esta questão do alfonsim, é uma questão muito complexa!", advertiu o governante, admitindo que a captura desta espécie não é de fácil gestão no arquipélago, e que necessita de ser devidamente esclarecida entre os vários intervenientes do setor.
Os pescadores terceirenses lembram, porém, que há ainda cerca de 80 toneladas de peixe que estão por capturar nas restantes ilhas do arquipélago, que no seu entender, deviam ser repartidas por aqueles profissionais que já não podem capturar mais, por terem atingido o seu limite de quota.
"Temos quota suficiente nos Açores para trabalhar! Apenas e só, não há consenso entre as ilhas. A gente só pede que o Governo Regional intervenha neste ponto", sugere Edgar Pimentel, um dos pescadores terceirenses, ouvido pelos jornalistas.
Os pescadores e armadores da ilha Terceira queixam-se de estarem a ter uma "brutal quebra de rendimento" por não poderem exercer a atividade, por terem esgotado a sua quota de alfonsim e de goraz, e alguns dos profissionais da pesca alegam já terem abandonado a atividade e requerido o fundo de desemprego.
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