Mobilização dos pescadores da Figueira da Foz começou na segunda-feira, dia em que conseguiram juntar 1.200 euros.
Os pescadores da Figueira da Foz vão doar uma percentagem da venda das suas safras para ajudar a comprar um meio aéreo para o combate aos fogos, revelou esta terça-feira o armador de pesca de cerco António Lé.
"Estamos sempre disponíveis para ajudar, dispensando ajuda, e, neste contexto generalizado, nós abdicamos de parte daquilo que é a receita das nossas casas, abdicamos de parte do nosso pão, para tentar confortar aqueles que tanto estão a sofrer nesta altura. Se o país carece de meios aéreos, há muito tempo que já se devia ter pensado nisso e isto não é uma crítica: é um apelo", destacou.
Em declarações à agência Lusa, o antigo presidente da cooperativa de produtores Centro Litoral explicou que o objetivo passa por comprar pelo menos um meio aéreo novo e não em segunda mão, porque "a vida humana e os prejuízos causados a todos os populares não tem preço".
A mobilização dos pescadores da Figueira da Foz começou na segunda-feira, dia em que conseguiram juntar 1.200 euros.
"Hoje vamos continuar a tirar e vamos continuar a tirar até à nossa exaustão. Porque o sofrimento não tem dimensão", acrescentou.
De acordo com António Lé, a mobilização teve início na Figueira da Foz, mas o apelo estende-se a todos os pescadores, bem como a toda a comunidade portuguesa.
"Isto é um apelo que nós fazemos a toda a sociedade portuguesa, não é só os pescadores portugueses, mas a todos os portugueses. Fazemos um apelo à população em geral, não só à comunidade figueirense, como à comunidade do distrito de Coimbra, da Guarda, do Porto, de Aveiro, do distrito de Lisboa. Aos portugueses na generalidade".
Segundo o armador de pesca de cerco, esta iniciativa nasceu de repente, "com emoção, mas com racionalidade", sendo agora necessário pensar como vai ser articulada a chegada de ajudas.
"As nossas receitas ficam cativas na Docapesca da Figueira da Foz, os outros meios encontraremos, com certeza, durante o dia desta terça-feira, em que devemos ter uma reunião com alguém. Não queremos ficar responsáveis por esse dinheiro", concluiu.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
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