Na quarta-feira, as autoridades francesas deram à Shein 48 horas para cumprir a lei, após a descoberta à venda de bonecas sexuais com aparência infantil e armas da categoria A.
A plataforma plataforma de comércio 'online' chinesa Shein conseguiu evitar ser suspensa em França, deixando de vender "produtos ilícitos", mas continua "sob permanente vigilância" estatal, anunciou esta sexta-feira o Governo, congratulando-se com uma "importante vitória".
"Os processos judiciais contra a Shein prosseguem", precisou o executivo francês num comunicado, acrescentando que vai também iniciar "nos próximos dias novos processos" contra outras plataformas digitais nas quais foi constatada "a venda de produtos ilícitos", mas sem nomear qualquer delas.
Na quarta-feira, as autoridades francesas deram à Shein 48 horas para cumprir a lei, após a descoberta à venda no site da Internet de bonecas sexuais com aparência infantil e armas da categoria A.
Constituem armas da categoria A armamento militar e de guerra, armas de fogo automáticas e armas de fogo modificadas ou fabricadas sem autorização, armas brancas ou de fogo dissimuladas, facas de abertura automática, estiletes, facas de borboleta, facas de arremesso, estrelas de lançar e qualquer engenho construído exclusivamente como arma de agressão.
A categoria A engloba ainda armas químicas, biológicas, radioativas ou suscetíveis de explosão nuclear, aerossóis de defesa e armas lançadoras de gases.
No mesmo comunicado, o Governo francês anuncia ter "obtido a supressão pela Shein de todos os produtos ilícitos vendidos na sua plataforma".
Tal resultado decorre da decisão da plataforma de suspender o seu 'marketplace', em que a oferta é composta por produtos de vendedores terceiros.
A direção do Departamento de Controlo de Fraudes confirmou "já não haver qualquer produto ilegal (pornografia infantil, armas brancas, medicamentos, etc.) à venda na Shein", indicou o Governo, que considerou esta uma "importante vitória" para os consumidores e para a ordem pública.
Está prevista uma nova avaliação para a próxima semana, a pedido do primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu.
Mas a Shein está longe de isenta de problemas: o Ministério do Interior apresentou uma queixa ao Tribunal Judicial de Paris, numa tentativa para "pôr fim aos graves danos à ordem pública causados pelas repetidas falhas [de cumprimento da lei] da Shein", de acordo com o Governo.
Além disso, quanto à venda de bonecas de caráter pedopornográfico, estão em curso quatro investigações confiadas pelo Ministério Público de Paris ao Gabinete para Menores, de acordo com a mesma fonte.
França enviou igualmente um pedido de investigação à União Europeia, "que reconheceu a gravidade da situação".
De um modo mais geral, "as autoridades vão monitorizar ativamente a evolução da plataforma, em particular a manutenção de todas as medidas de precaução adotadas", prometendo o Governo tomar "todas as medidas necessárias para impedir a venda de qualquer produto ilícito".
Contactada pela agência de notícias France-Presse sobre a situação, a Shein não emitiu até agora qualquer comentário.
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