Médicos alertam para risco de não quererem vacinar crianças.
Apesar de ter sido dada como eliminada na Europa em 2002, a poliomielite, doença altamente contagiosa que causa paralisia infantil e a morte, ameaça regressar ao espaço europeu. As autoridades de saúde estão em alerta devido à entrada de pessoas não vacinadas oriundas de países onde a taxa de vacinação é muito baixa ou até inexistente. São disso exemplos a Índia e a Síria, entre outros, e o continente africano. O risco de contágio é elevado para quem não estiver vacinado, sobretudo as crianças.
O último caso de poliomielite em Portugal foi registado em 1987. Quinze anos depois, a Organização Mundial de Saúde declarou a doença eliminada da Europa, mas não erradicada devido à existência de surtos que vão ocorrendo em algumas regiões do globo. O anúncio da erradicação da doença do Mundo está previsto para 2018.
"Hoje em dia, há uma grande facilidade na deslocação das pessoas, que viajam de uns países para os outros, e por isso pode haver casos importados e um reacendimento da doença na Europa", afirmou ao CM o pediatra Libério Ribeiro.
O risco do aparecimento da poliomielite e de outras doenças consideradas eliminadas nos países europeus é tanto maior quantas mais crianças não forem vacinadas por recusa dos pais. Esta é uma decisão que tem vindo a ganhar adeptos, mas que os médicos contestam e para o sério risco da qual alertam, para as próprias crianças e para a comunidade. Recorde-se o caso de um rapaz de seis anos que apanhou difteria, acabando por morrer em Espanha. Não estava vacinado por opção dos pais.
"A não vacinação é uma prática perigosa porque contribui para uma situação de falta de imunidade", sublinhou Libério Ribeiro.
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