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Utentes devem evitar urgências

Hospitais perto dos máximos de resposta.

31 de dezembro de 2015 às 12:38

O secretário de Estado da Saúde afirmou esta quinta-feira que alguns hospitais estão "a atingir os máximos da sua capacidade de resposta" e apelou à população para evitar o congestionamento das urgências hospitalares.

Manuel Delgado falava aos jornalistas no final de uma visita ao centro de saúde de Sete Rios, em Lisboa, onde falou sobre o Plano de Contingência para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e sobre o alargamento previsto dos horários dos centros de saúde na região.

De acordo com o governante, a aposta do Ministério da Saúde passa pela abertura dos centros de saúde por períodos mais alargados. Esta abertura é "flexível" e ocorrerá "em função da procura das urgências hospitalares".

Segundo Manuel Delgado, o objetivo do alargamento dos horários nos cuidados de saúde primários é proporcionar um "apoio mais rápido aos doentes", dando-lhes "mais comodidade, conforto e rapidez no atendimento".

Os horários dos centros de saúde - que estarão disponíveis nos sites das respetivas Administrações Regionais de Saúde (ARS) - poderão alterar-se, no sentido do seu alargamento, consoante aumente a pressão nas urgências hospitalares, que está neste momento a ser controlada pela tutela.

'Pico da gripe

Em análise vai estar a procura proporcionada pelo 'pico' da gripe, que ainda não foi atingido.

Sobre a procura associada a esta doença, Manuel Delgado assegurou que "a solução vai ser devidamente acautelada", existindo ainda "margem para alargar a capacidade de resposta, não tanto ao nível dos profissionais, mas ao nível de mais camas para internamento".

Manuel Delgado deixa um apelo no sentido do utente que se sente doente não ir para a urgência hospitalar, mas antes telefonar para a linha Saúde 24 (808242424), a partir da qual será "direcionado para o atendimento mais adequado, como o centro de saúde mais próximo da sua residência".

Sobre a situação dos hospitais, o governante disse que "as urgências têm as escalas médicas nos limites e devidamente apetrechadas.

Têm uma lotação em camas suficiente e conseguimos que, através dos planos de contingência, criassem mais camas adicionais para ocorrer a situações de internamento".

Solução "imediatista"

O secretário de Estado da Saúde considerou "imediatista" a hipótese de pagar mais aos profissionais para estes assegurarem equipas de prevenção a casos de aneurismas, defendendo antes modelos diferentes de remuneração que promovam a criação de incentivos.

Manuel Delgado disse que o preço "não é a única questão" capaz de resolver a falta de profissionais que assegurem equipas de prevenção para casos como o do jovem que morreu no Hospital de São José, por alegada falta de assistência especializada.

Questionado sobre o desenrolar das investigações em curso a esta morte, o secretário de Estado recordou que existem três processos em curso: um aberto pelo hospital, outro pela Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e outro pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Relativamente ao impacto dos cortes nos valores pagos a profissionais que compõem as equipas de prevenção, nomeadamente os enfermeiros, Manuel Delgado disse que esta é uma questão que "tem a ver com políticas do governo anterior, de redução significativa do valor das horas extraordinárias e de prevenção".

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