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Portugal continua a perder população residente

INE estima que vivem no país 10.291.027 pessoas, menos 18.546 habitantes do que no anterior.

15 de novembro de 2018 às 15:03

A população residente em Portugal voltou a cair em 2017, apesar de ligeira redução da mortalidade, do decréscimo da emigração e do aumento da imigração, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira.

Segundo as estatísticas demográficas do INE, o declínio populacional mantém-se desde 2010, embora se tenha atenuado nos quatro últimos anos.

A população residente em Portugal foi estimada em 10.291.027 pessoas, número que representa uma diminuição da população em 18.546 habitantes relativamente ao ano anterior.

De acordo com o INE, a taxa de crescimento efetivo foi de -0,18%, o que, explica o instituto, decorreu de uma taxa de crescimento natural de -0,23% e de uma taxa de crescimento migratório positiva de 0,05%.

Apesar do saldo migratório, acrescenta o INE, mantém-se a tendência de decréscimo populacional verificada desde 2010, ainda que se tenha atenuado nos últimos quatro anos.

O número de nascimentos foi de 86.154 (nados-vivos) o que equivale a um decréscimo de 1,1 % em relação a 2016 verificando-se pelo quarto ano consecutivo uma ligeira recuperação.

Por outro lado, os dados revelam também que a idade média das mulheres ao nascimento de um filho foi de 31,2 anos (31,1 em 2016), enquanto a idade média ao nascimento do primeiro filho se manteve idêntica à observada em 2016 (29,6 anos).

Em 2017 morreram 109.758 pessoas, menos 0,7% relativamente a 2016 (110.573) e o número de óbitos infantis foi 229, menos 53 face a 2016, o valor mais baixo observado em Portugal desde que há registos.

A taxa de mortalidade infantil diminuiu para 2,7 mortes por mil nados-vivos.

Relativamente à imigração, a estatística revela que durante o ano de 2017 tenham entrado em Portugal 36.639 imigrantes permanentes, mais 22,4 % que em 2016 (29.925) e tenham saído 31.753 emigrantes permanentes, menos 17,0% que em 2016.

Número de estrangeiros residentes a adquirir nacionalidade portuguesa diminui 28,2 %

O número de estrangeiros residentes em Portugal que adquiriram a nacionalidade portuguesa em 2017 foi inferior em 28,2% face a 2016, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

As estatísticas demográficas hoje divulgadas revelam que em 2016 foi concedida nacionalidade portuguesa a 25.104 pessoas, número que baixou para 18.022 em 2017.

A principal via para a aquisição da nacionalidade portuguesa por estrangeiros residentes em Portugal foi a naturalização (69,7%), seguido de "casamento ou união de facto com cidadão português há mais de três anos" (18,3%) e por "filho menor ou incapaz, cujo pai ou mãe tenha adquirido a nacionalidade portuguesa" (11,6 %).

Relativamente à aquisição da nacionalidade portuguesa por estrangeiros que não residem em Portugal, o INE revela que se manteve a tendência de crescimento verificada nos últimos anos, com 5.298 casos em 2017, um aumento de 24,7% em relação ao ano anterior.

Segundo o INE, esta evolução resulta, em particular, de alterações legislativas que vieram facilitar a possibilidade de aquisição por estrangeiros descendentes de portugueses e por descendentes de judeus sefarditas portugueses.

Em 2017 o principal motivo de aquisição da nacionalidade por estrangeiros não residentes foi o ser descendente de judeus sefarditas portugueses, assumindo um peso de 32,3 % no total com 1.713 casos, seguido de "ser descendente de nacional português", com um peso relativo de 26,2% no total (1.387 casos).

Em terceiro, refere o INE, surge o casamento ou a união de facto com cidadão português há mais de três anos (26,0%).

A nacionalidade brasileira apresentou em 2017 os valores mais elevados no que respeita à aquisição da nacionalidade portuguesa, tanto na condição de residentes em Portugal, um total de 6.084, como na de residentes no estrangeiro (2.793).

A segunda nacionalidade mais representativa foi a caboverdiana com 14,4%.

No que respeita aos estrangeiros não residentes, as nacionalidades turca e israelita surgem pela primeira vez em 2.º e 3.º lugares (18,3 % e 8,4%).

Mais de 50% das aquisições de nacionalidade portuguesa foram atribuídas a mulheres, para o caso dos residentes, e dos não residentes esse valor foi de 53,9%.

Relativamente às idades a análise estatística revela que os residentes em Portugal tinham em média 35,3 anos, valor inferior aos dos residentes no estrangeiro cuja idade média foi de 49,5%.

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