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Portugal participa em projeto europeu para deteção precoce do cancro do ovário

Instituição vai receber 1,3 milhões de euros para "validar novas ferramentas de deteção precoce do cancro do ovário, o mais letal dos cancros femininos".

08 de setembro de 2025 às 19:39

Portugal participa num projeto europeu para a deteção precoce do cancro do ovário em mulheres de risco, anunciou, esta segunda-feira, o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, que vai coordenar a parte clínica do projeto.

Lançado há uma semana na capital grega, Atenas, o projeto reúne 28 parceiros de 12 países, incluindo 10 Estados-membros da União Europeia, Reino Unido e Canadá, e visa "ajudar a fechar as lacunas, esta segunda-feira, existentes na abordagem ao cancro de ovário hereditário, promovendo a avaliação avançada de risco e novas estratégias de deteção precoce", refere em comunicado o IPO de Lisboa.

A instituição vai receber 1,3 milhões de euros para "validar novas ferramentas de deteção precoce do cancro do ovário, o mais letal dos cancros femininos".

Portugal será um dos países, a par do Reino Unido, Lituânia, Chéquia e Grécia, onde vão ser validadas tecnologias "altamente precisas e fáceis de usar" para a deteção precoce do cancro do ovário.

Também em Portugal, tal como na Chéquia, Grécia e Lituânia, será feita a avaliação de risco da doença como rotina.

Coordenado pelo Instituto de Comunicação e Sistemas de Computação da Grécia, o projeto tem a duração de quatro anos e um orçamento global de 13,2 milhões de euros, suportado por fundos comunitários.

Segundo o IPO de Lisboa, em Portugal são diagnosticados por ano cerca de 570 casos de cancro do ovário, a maioria em estádios tardios.

"Apesar do avanço da medicina, a deteção tardia e as baixas taxas de sobrevivência continuam a ser um obstáculo à melhoria dos resultados para as doentes, o que se traduz em níveis crescentes de incidência e mortalidade", assinala o comunicado do IPO de Lisboa.

Citada no comunicado, a diretora de Oncologia Médica do IPO de Lisboa, Fátima Vaz, destaca que o projeto, de que é coordenadora clínica, "apoia metas essenciais" como a generalização do acesso a testes genéticos para cancro do ovário hereditário em toda a Europa.

"É vital a avaliação clínica de métodos promissores de deteção precoce para mulheres em risco de cancro de ovário", defende.

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