Em causa está o parecer da delegada de saúde, comunicado na passada sexta-feira, impondo a limitação da praça a 3.500 lugares.
A Associação Praça Maior decidiu adiar as corridas de toiros que iria realizar quinta-feira e domingo em Santarém, perante a exigência da Autoridade de Saúde de apresentação de um teste negativo à covid-19 por parte dos espetadores.
Em comunicado, os promotores das corridas na praça Celestino Graça, agendadas para o período em que decorre a Feira Nacional da Agricultura, lamentam a postura da delegada de saúde de Santarém no processo e anunciam que os dois espetáculos tauromáquicos, que tinham mais de 10.500 bilhetes vendidos, se realizarão em data "na qual se voltem a aplicar à Praça de Santarém as regras que se aplicam nas demais salas de espetáculos do país".
Em causa está o parecer da delegada de saúde, comunicado na passada sexta-feira, impondo a limitação da praça a 3.500 lugares, por entender que se trata de um recinto em espaço aberto e não de uma sala de espetáculos (esta com uma lotação de 50%), a classificação que a Praça Maior usou para a venda de bilhetes.
No comunicado, a associação afirma que na base do parecer terá estado uma informação da PSP relativa à corrida realizada em 26 de setembro de 2020 na Monumental Celestino Graça, a qual, assegura, desconhecia e que motivou "um conjunto de medidas adicionais ao Plano de Contingência", numa tentativa de poder realizar os espetáculos, tendo em conta a sua comunicação a menos de uma semana do primeiro evento.
"Entre estas, a Associação Praça Maior comprometia-se, utilizando os seus meios de comunicação, a sensibilizar os aficionados para a importância de se testarem antes de virem aos espetáculos, sendo certo que a realização de teste é algo que, constitucionalmente, não pode ser imposto a nenhum cidadão, como aliás nos foi referido pelos elementos da Saúde Pública presentes na reunião", lê-se na nota.
Contudo, na terça-feira ao final da tarde, a Autoridade de Saúde comunicou "uma nova imposição", a de que "todos os espetadores fossem obrigatoriamente testados nas 24 horas antes de cada espetáculo e apresentassem teste negativo à covid-19 para poderem entrar", sendo da associação a responsabilidade pela verificação dos resultados, acrescenta.
Sublinhando que, "tal situação nunca foi antes aplicada a nenhuma sala de espetáculos portuguesa", a Praça Maior afirma aparentar que "a tauromaquia e a Praça de Toiros de Santarém foram escolhidas para funcionar como 'cobaias' de novas limitações, que vão ao arrepio da legislação vigente, e do próprio processo de desconfinamento que o Governo anunciou querer acelerar já a partir de dia 14 de junho".
Declarando não ter forma de assegurar a comunicação atempada aos aficionados que já adquiriram bilhete nem de garantir a testagem no local aos que não tivessem realizado teste e evitar aglomerações decorrentes desta situação, a Praça Maior afirma não lhe ter restado outra alternativa senão adiar os espetáculos.
Em reação, o CDS repudiou a situação e fez saber que o seu líder, Francisco Rodrigues dos Santos, estará presente no protesto que, entretanto, foi agendado e que irá ocorrer em frente à Monumental Celestino Graça na quinta-feira a partir das 17:00
Em comunicado assinado pelo vice-presidente do partido, Pedro Melo, o CDS acusa o Governo de se "afadiga[r] a matar uma tradição nacional, apertando cada vez mais o garrote", dando os exemplos da proibição da transmissão de touradas pela RTP, do IVA acrescido destes espetáculos "e, agora, na criação de medidas discriminatórias e, como tal, inconstitucionais, à assistência de touradas".
"O CDS-PP, repudiando esta ocorrência, exorta o Governo a cumprir a Constituição e a lei, permitindo que os espetáculos em causa, realizados ao ar livre, tenham lugar nos termos previstos, assim se repondo a legalidade violada e o respeito que esta atividade e os seus profissionais e aficionados devem merecer", acrescenta.
Também o candidato do Chega à Câmara de Santarém, Pedro Frazão, que, com o líder do partido, iria assistir à corrida agendada para quinta-feira, reagiu à decisão da delegada de saúde, a qual, afirmou, "parece querer impedir todos os eventos escalabitanos com os quais discorda".
Segundo Pedro Frazão, Helena Sousa exigiu, a 24 horas da realização do jantar da candidatura, agendado para quinta-feira, a testagem à covid-19 a todos os participantes.
O candidato assegurou que a distrital de Santarém irá oferecer os testes à entrada do espaço onde vai decorrer o jantar.
MLL // MLS
Lusa/Fim
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