Perigo de colapso do edifício é visível no interior e no exterior.
"Vamos ficar sem tecto. Temos de voltar novamente à estaca zero e pagar uma renda sem termos recursos para isso." O lamento que Mariana Ferreira, de 58 anos, faz ao Correio da Manhã é o reflexo do estado de espírito de todos os moradores do nº 9 da rua Padre João Pinto, em Odivelas. Pelo menos 12 famílias terão de abandonar o edifício até ao dia 8 de março, porque este se encontra em risco de ruir.
A decisão de acionar o Plano de Emergência foi tomada pelo Conselho Municipal de Proteção Civil de Odivelas no início deste mês e a evacuação do prédio estava prevista para a última terça-feira. Um prazo a que muitos moradores não conseguiam dar resposta. Para ganharem mais alguns dias assinaram um termo de responsabilidade, mas os riscos que correm estão presentes: a ponto de o chão e de as paredes estarem visivelmente inclinados para o centro do prédio.
"Não estamos contra a Câmara, estamos a pedir-lhes apoio", diz ao CM Rosa Garra, proprietária do 3º esquerdo e administradora do prédio. "Na Segurança Social disseram-nos para irmos para um lar de acolhimento", recorda, indignada.
"Se soubesse, nunca teria vindo para aqui. Comprei o primeiro apartamento, com duas assoalhadas, há 32 anos e depois decidi passar para um de três", explica Mariana Ferreira reformada por invalidez.
"Há pelo menos 20 anos que existe um parecer do Laboratório Nacional de Engenharia Civil a dizer que o prédio precisava de obras", refere Rosa Garra. Os moradores vão ser recebidos individualmente esta semana pela autarquia.
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